A balança comercial brasileira, conta que mede o desempenho das exportações subtraídas as importações, encerrou 2005 com um superávit recorde de US$ 44,764 bilhões, apesar do câmbio desfavorável e da criticada política comercial do país.
A balança comercial brasileira, conta que mede o desempenho das exportações subtraídas as importações, encerrou 2005 com um superávit recorde de US$ 44,764 bilhões, apesar do câmbio desfavorável e da criticada política comercial do país.
Trata-se do melhor desempenho do comércio exterior brasileiro da história. Em 2004, outro ano de recordes, a balança teve resultado de US$ 33,66 bilhões.
O resultado mostra que a balança comercial brasileira continua a financiar o déficit brasileiro nas transações com o restante do mundo, que engloba todos os envios de dinheiro de juros, dividendos, royalties, entre outros, para o exterior.
Ao longo do ano, exportadores criticaram a política cambial do Banco Central que manteve o dólar na casa de R$ 2,20, tornando os produtos brasileiros caros e menos competitivos no exterior.
O país foi ainda fortemente criticado por manter uma política externa considerada agressiva do ponto de vista retórico, que pouco resultado prático trouxe para o comércio.
No ano passado, as exportações somaram US$ 118,3 bilhões, acima inclusive das previsões do governo, que esperava um saldo de US$ 117 bilhões.
As importações, por sua vez, ficaram na casa de US$ 73,5 bilhões apesar do baixo valor relativo do dólar norte-americano que costuma estimular as compras de produtos importados.
O resultado da balança supera as previsões do mercado financeiro, que apostava em um saldo comercial de US$ 44,16 bilhões para o ano passado, segundo o boletim Focus.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Dezembro
Em dezembro de 2005, o superávit foi de US$ 4,3 bilhões, acima dos US$ 3,5 bilhões de dezembro de 2004. As exportações totalizaram US$ 10,897 bilhões e as importações, US$ 6,551 bilhões.
2006
Para 2006, a expectativa do ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan é que as exportações batam em US$132 bilhões. O Banco Central expera superávit de US$ 35,5 bilhões.