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SDS apresenta acusados de envolvimento em seqüestros

Adelmir Berto de Ponte, 21 anos, e Marivaldo Cândido dos Santos, 29, o Dão, são acusados de fazer parte da quadrilha. Segundo o diretor geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, “durante a investigação foram descobertos elementos suficientes para que fosse pedida a prisão preventiva dos acusados”. Eles podem estar ligados a uma quadrilha chefiada pelo vereador Júnior Pagão.

Luis Vilar

Marivaldo Cândido também negou pertencer a quadrilha

A cúpula da Secretaria de Defesa Social apresentou, agora há pouco, dois acusados de envolvimento numa quadrilha especializada em seqüestros que seria chefiada pelo vereador por Rio Largo Alexandre Cardoso da Silva (PV), o Júnior Pagão, que se encontra foragido.

Adelmir Berto de Ponte, 21 anos, e Marivaldo Soares, 29, o Dão, são acusados de fazer parte da quadrilha. Segundo o diretor geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, “durante a investigação foram descobertos elementos suficientes para que fosse pedida a prisão preventiva dos acusados”.

Davino informou, ainda, que os acusados foram formalmente reconhecidos e podem estar envolvidos em mais quatro seqüestros realizados no Estado.

Embora Robervaldo Davino tenha declarado que os acusados confirmaram a participação em seqüestros, durante a apresentação à imprensa ambos negaram conhecer o vereador Júnior Pagão ou que tenham qualquer envolvimento com os crimes.

O caso

O vereador Júnior Pagão foi o alvo principal de uma operação montada pelo delegado de Rio Largo, Marcílio Barenco, após investigações que o apontaram como líder de uma quadrilha especializada em seqüestros que atuava no Estado. A prisão preventiva de Júnior Pagão foi decretada pela juíza de Rio Largo, Marlene Matos.

Segundo Barenco, o bando de Júnior Pagão seria formado por sete elementos, dois deles apresentados no fim da manhã de hoje pela SDS. Além disso, Júnior Pagão já tinha sido denunciado por suspeita de envolvimento no assassinato do policial civil Sandoval Silva Souto, 43, e do estudante Andresson Felipe Alves, 24, executados em maio de 2002, em Rio Largo.

Pagão

O vereador acusa o delegado de indiciá-lo por perseguição, mas não revelou os motivos pelos quais Barenco o perseguia. "Caso o delegado não tivesse provas suficientes, será que a juíza da cidade teria acatado o pedido de preventiva. Existem depoimentos e provas", colocou Robervaldo Davino.

Júnior Pagão está foragido. De acordo com o diretor geral da Polícia Civil serão realizadas operações de buscas para tentar chegar ao vereador o mais rápido possível.