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João Lyra e Celso Luiz perto de fecharem acordo

O deputado federal João Lyra (PTB) e o deputado estadual Celso Luiz (PMN), presidente da Assembléia Legislativa, estão muito perto de fecharem o acordo para a disputa majoritária estadual este ano – Lyra para governador e Celso vice.

O deputado federal João Lyra (PTB) e o deputado estadual Celso Luiz (PMN), presidente da Assembléia Legislativa, estão muito perto de fecharem o acordo para a disputa majoritária estadual este ano – Lyra para governador e Celso vice.

O acordo leva à formação da chapa de oposição não só ao governo estadual, mas ao PSDB e ao PMDB, ainda que o PTB e o PMN venham a se coligar em nível nacional com os tucanos. Na negociação entra também a candidatura do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PRTB) ao Senado.

IMPASSE

Para fechar o acordo é necessário superar dois impasses; o primeiro refere-se à lealdade do deputado Celso Luiz ao governador Ronaldo Lessa (PDT) e o segundo à reação do deputado federal José Thomaz Nonô (PFL), que insiste em também disputar o Senado – Nonô é um dos aliados de Lyra.

Assessores do ex-presidente Collor garantem que ele será candidato, mas não indicam o cargo. O mais próximo e influente entre esses assessores, o procurador de Justiça aposentado Carlos Mendonça, ao responder a pergunta se o ex-presidente seria candidato disse: “Se Deus quiser”.

NÃO GOSTA2h>
O deputado João Lyra está com a missão de convencer o deputado Nonô a disputar pela sexta vez o mandato de deputado federal; Nonô vem reagindo porque, desde 1994, esperava sair candidato ao Senado e chegou a acreditar na promessa que Renan Calheiros – na época sem mandato – lhe fez de não disputar a vaga de senador – Renan acabou disputando e se elegeu.

Outro complicador é o fato de o ex-presidente Collor não gostar da Câmara Federal; ele prefere o Senado, por dois motivos: lá a chance de aparecer é maior, além de ser o lugar convincente para ex-presidentes; o outro motivo é a oportunidade de quebrar o tabu da República – se eleito, será o primeiro ex-presidente a chegar ao Senado pelo Estado de origem; Jucelino Kubstichek foi senador por Goiás e José Sarney é senador pelo Amapá.

ESPERA

No caso do deputado Celso Luiz há também a espera pela definição sobre os direitos políticos do governador Ronaldo Lessa, que foram suspensos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e está sub-judice no Superior Tribunal Eleitoral (TSE). Se o TSE mantiver a sentença do TRE – há quem acredite que sim, devido ao resultado unânime de seis votos a zero – o quadro eleitoral se modifica em Alagoas.

Lessa teria de se manter no governo e concluir o mandato – estaria impedido de disputar a vaga de senador. Nessa caso Celso Luiz se sentiria livre do compromisso com o governador e assumiria de vez a candidatura a vice-governador na chapa de João Lyra.