O pedido para a Polícia Federal apurar o assassinato do pistoleiro Fernandes Fidelis, morto no ano passado dentro do Presídio Baldomero Cavalcanti, é inóquo; a PF, constitucionalmente, só pode apurar crime na esfera federal.
O pedido para a Polícia Federal apurar o assassinato do pistoleiro Fernandes Fidelis, morto no ano passado dentro do Presídio Baldomero Cavalcanti, é inóquo; a PF, constitucionalmente, só pode apurar crime na esfera federal.
Segundo a assessoria de Comunicação do Ministério da Justiça, a PF só pode assumir a função da polícia estadual se o Estado for colocado sob intervenção federal – o que não é caso de Alagoas.
Por isso, o Ministério não autorizou a PF a investigar o assassinato de Fidelis; nem vai autorizar.
O inquérito policial do caso Fernando Fidelis está parado e, pelo que se deduz, o delegado Jobson Cabral não tem prazo para retomá-lo; ele chegou a anunciar que ouviria testemunhas, mas até agora não convocou ninguém.
Fernando Fidelis era uma das duas testemunhas – a outra era o ex-soldado Garibaldi – que vinha colaborando com a Justiça; eles denunciaram vários crimes praticados no Estado, entre homicídios, roubo de carros e de cargas, e assaltos a bancos. Também apontaram os chefões e, entre esses, estariam dois políticos.
Embora a polícia não confirme a ligação entre o assassinato de Fidelis e do pistoleiro Cícero Belém, o Ministério Público não descarta a possibilidade.
Também o assassinato de um guarda de presídio, em frente a Cidade Universitária, poderia estar ligado ao caso Fidelis – o guarda poderia ser a pessoa que levou o revólver para dentro do presídio e o entregou ao matador de Fidelis.