O projeto Guardião da Cidadania desenvolverá ações para retirar crianças, jovens e viciados em drogas das ruas de Maceió. Para estruturar o projeto, também será lançada a campanha “Não dê esmolas”, que pretende cortar a fonte de manutenção das famílias que exploram as crianças.
Menino de rua cheirando cola embaixo do viaduto do Poço
O projeto Guardião da Cidadania desenvolverá ações para retirar crianças, jovens e viciados em drogas das ruas de Maceió. Para estruturar o projeto, também será lançada a campanha “Não dê esmolas”, que pretende cortar a fonte de manutenção das famílias que exploram as crianças.
O projeto e a campanha foram apresentados hoje durante uma reunião na Sala dos Conselhos do Palácio Floriano Peixoto. Entre os participantes do encontro, estavam representantes da Secretaria Executiva de Inserção e Assistência Social – responsável pelo projeto –, da Secretaria Municipal de Promoção da Cidadania e Assistência Social – que executará o projeto –, do Ministério Público, da Associação dos Municípios Alagoanos, da União Municipal dos Dirigentes da Educação e de entidades filantrópicas.
“O projeto foi elaborado em conjunto por técnicos das duas secretarias, para oferecer condições e estrutura para as pessoas saírem das ruas”, explica a secretária adjunta de Inserção e Assistência Social, Sânia Tereza.
Entre as principais linhas de atuação do Guardião da Cidadania, está o atendimento a adolescentes com até 14 anos, a maiores de 16 anos e a viciados em drogas. “Os viciados serão levados para o Centro de Atendimento Psicossocial do Município, que ainda será inaugurado. Já os maiores de 16 anos participarão dos projetos guardião do trânsito, do meio ambiente e do turismo, para terem direito a uma bolsa”, afirmou a secretária.
De acordo com Sânia Tereza, o projeto será mantido com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza, da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas e de parceiros da iniciativa privada. O projeto foi embasado por pesquisas de estudantes e professores da Universidade Federal de Alagoas, que registrou a situação das crianças, jovens e adultos que vivem nas ruas de Maceió.
A sede do projeto será no bairro da Jatiúca, onde funcionava o Centro Social Urbano, uma área do Estado cedida ao município. “Daqui a cerca de duas semanas, devemos convocar uma nova reunião para acertar os detalhes do projeto, que ainda sofrerá algumas modificações”, adiantou Sânia, dizendo também que por essa razão ainda não há uma data para que o projeto e a campanha tenham início.
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome liberou para Alagoas recursos para a execução de projetos da Secretaria Executiva de Inserção e Assistência Social.
Os recursos serão utilizados a partir deste mês para a implantação de 40 hortas no interior do Estado e para ajudar famílias do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.
O ministério avalia, ainda, outros projetos para o Estado de Alagoas, como o de linhas de micro-crédito, para aquisição de alimentos para famílias do programa do leite e o de reordenamento das ações educativas do Complexo Humberto Mendes.