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Cientistas descobrem proteína que pode desencadear depressão

Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu uma proteína que pode ter um papel importante para desencadear estados depressivos.

Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu uma proteína que pode ter um papel importante para desencadear estados depressivos, o que abriria caminho para tratamentos de doenças mentais que afetam dezenas de milhões de pessoas no mundo.

Esta nova proteína, chamada de p11, parece regular a reação de células cerebrais à serotonina, substância cujo nível está ligado às depressões mentais, disseram cientistas da Universidade Rockefeller, do Instituto Karolinska (Suécia), da Universidade de Rouen (França) e do laboratório farmacêutico americano Eli Lilly. O trabalho aparece na revista americana "Science", datada de 6 de janeiro.

Embora os especialistas já tenham estabelecido há algum tempo uma ligação entre a serotonina e as depressões, eles ainda não sabem o que provoca as doenças mentais que atingem 18 milhões de americanos, ou o papel exato deste neurotransmissor.

"Mostramos que a proteína p11 intervém nas mudanças complexas múltiplas subjacentes às depressões", afirmou o principal autor deste estudo, Per Svenningsson.

"Nossa descoberta mostra que os doentes depressivos, assim como os ratos de laboratório nos quais induzimos uma depressão, tinham todos uma clara diminuição do nível desta proteína p11", completou. "Podemos concluir que medicamentos que aumentem as proteínas p11 no cérebro terão efeitos antidepressivos", acrescentou o pesquisador.