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Espetáculo "Vai…. Gineide!" tem nova temporada em Maceió

Os alunos do Curso de Formação do Ator da Ufal criaram a comédia “Vai...Gineide!”, que entra em nova temporada a partir de quinta-feira, dia 12, e segue nos dias 19 e 26 deste mês, sempre às 19h30, no Teatro de Arena Sérgio Cardoso (anexo ao Deodoro)

A fórmula da comédia escrachada, que se firmou nos palcos de Alagoas através do trabalho da companhia pernambucana Trupe do Barulho, com a personagem Cinderela, tem se consagrado não somente na preferência do público, mas tem sido o mote utilizado por alguns grupos locais para a montagem de espetáculos.

Seguindo a mesma trilha, os alunos do Curso de Formação do Ator da Ufal criaram a comédia “Vai…Gineide!”, que entra em nova temporada a partir desta quinta-feira, dia 12, e segue nos dias 19 e 26 deste mês, sempre às 19h30, no Teatro de Arena Sérgio Cardoso (anexo ao Deodoro).

Satirizando figuras cotidianas, como velhos rabugentos, vizinhas fofoqueiras e jovens depravados, os alunos-atores mostram, através de caricatos personagens, todas as confusões em que as bisbilhoteiras Gerusa e Belarmina se envolvem, como as suas brigas com Vitalício, um idoso prepotente e desequilibrado, além dos tórridos momentos de amor vividos pelo casal Roleandro e Vagineide, personagem que dá nome ao espetáculo.

A história ganha um ingrediente a mais com a presença do quarteto demoníaco, um grupo de diabos que se aproveita da carência de valores dos personagens. “O principal objetivo da trupe é aterrorizar todos e instigá-los a cometer erros, sempre de forma sarcástica, para que, juntos, possam realizar uma grande festa no inferno”, explica Felype Falcão, ator que interpreta um dos demônios.

Para Fabrício Alex, que vive o ranzinza Vitalício, a peça também possui um tom crítico. “No palco, tudo pode parecer uma grande brincadeira, mas, se o público prestar mais atenção, também funciona como um apelo para que as pessoas reflitam sobre as suas atitudes e opiniões. Talvez esta omissão de pensamentos seja uma das causas de tantos problemas sociais ou individuais”, supõe Fabrício.

(h2> TRABALHO PRÁTICO

Concluindo a primeira das cinco etapas do curso, os alunos não se limitaram apenas à encenação. Coletivamente criaram o texto, baseado nos exercícios de improvisação trabalhados em sala de aula e se encarregaram de outros aspectos, que vão desde o figurino até a maquiagem, passando pela cenografia e sonoplastia.

“Tudo isso faz parte do maravilho universo do teatro. Você vive e aprende”, resume o professor Glauber Teixeira, que assina a direção da montagem e carrega na bagagem espetáculos bem sucedidos, como “Romeu e Juli…eiiita!?!”, “Caboré – A Ópera da Moça Feia”, “Medéia” e “Esperando Godot”.

Em cena, Alex Cerqueira, Clauciene Cavalcante, Felype Falcão e Mary Vaz, integrando o quarteto demoníaco; além de Deilza Neves (Gerusa), Caroline Sofia (Belarmina), Idalliny Paula (Quitéria), Fabrício Barros (Vitalício), Alessandro Honório (Anjo) e o casal Pauline Lins (Vagineide) e Alexandre Lima (Roleandro).

CURIOSIDADES

– Para a pré-estréia, no dia 30 de setembro de 2005, os alunos tiveram somente uma semana para ensaiar e apresentar a peça.
– Na realidade, não há um texto pronto, mas sim um roteiro criado pelos próprios alunos. O que se vê no palco é fruto da improvisação.
– Numa temporada que teve um mês de duração no Teatro Jofre Soares (Sesc – Centro), em novembro do último ano, o espetáculo “Vai…Gineide!” bateu o recorde de público dos dois últimos anos, naquele teatro.
– No último dia de apresentação, o elenco precisou de uma sessão extra para atender a demanda de público.
– Desde setembro, toda a montagem têm sido feita com recursos dos próprios alunos, sem qualquer apoio financeiro da universidade.