O médico Eliel de Moura está preso na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e responderá por receptação de carro roubado. A Polícia Civil descobriu, também, que o médico andava com um documento falso.
O médico Eliel de Moura Medeiros, 52, foi preso – na manhã de hoje – por receptar um veículo Fiesta preto. De acordo com o delegado de Roubos e Furtos de Veículos, Carlos Alberto Reis, a placa do carro em que o médico estava (MVA-3844) é fria. “Há um outro veículo Fiesta preto com a mesma placa”.
A prisão do médico aconteceu por meio de denúncias do proprietário do Fiesta preto “verdadeiro”. A vítima – que também é médico – recebeu várias multas de trânsito em um único mês. Todas elas registradas por radares eletrônicos. De acordo com a vítima, todas as infrações eram de um local onde ele não havia passado: o bairro de Ponta da Terra.
Segundo a vítima, ele contatou um amigo da Polícia Civil para que começassem as investigações sobre o caso. O médico e o policial, então, fizeram várias buscas na Ponta da Terra para tentar encontrar o carro clonado. Conseguiram na manhã de hoje. Imediatamente o policial deu voz de prisão a Eliel Moura Medeiros. O carro de Eliel tinha a mesma placa do da vítima e as mesmas características, inclusive cor e ano.
A Polícia Civil fez um levantamento do veículo que estava com Eliel Moura e descobriu que sua placa verdadeira era MVF-1976. “A diferença entre os carros são apenas alguns adesivos que foram colocados no carro de Eliel Moura e os números dos chassis”, explicou o delegado.
Moura foi conduzido à Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), onde se encontra preso e responderá por receptação de carro roubado, pois há suspeitas de que se trate de um produto de roubo, além da clonagem. A Polícia Civil descobriu, também, que o médico andava com um documento falso, que era igual ao porte obrigatório do Fiesta da vítima.
De acordo com a Polícia Civil, o médico Eliel de Moura se defendeu afirmando que não sabia que o carro era clonado. Segundo ele, o Fiesta foi comprado a um amigo por R$ 15 mil. Ele já havia pago uma parcela de R$ 5 mil e faltavam mais duas. Quando a Polícia Civil indagou o nome do amigo, ele disse se tratar de Cícero, mas não sabia o sobrenome, nem como encontrá-lo.