Agora, os familiares de Mariano Duarte querem informações sobre a documentação de Mariano e onde estaria enterrado o corpo do familiar.
A dona-de-casa Maria do Rosário Conceição acusa o Hospital de Pronto-Socorro de Maceió de enterrar, na última segunda-feira, sem o conhecimento da família, o paciente Mariano Florêncio Duarte, 73 anos, internado no dia 2 deste mês, após crise severa hipertensiva.
Maria do Rosário é a viúva de Mariano Duarte e alega que seu marido não deveria ter sido enterrado como indigente no Cemitério Divina Pastora, no Rio Novo, visto que no ato de internamento foi fornecido nome, endereço e o cartão de aposentadoria do paciente, que residia na Rua Hélio Cabral, no Feitosa. Maria do Rosário afirma, ainda, que estes documentos desapareceram, assim como o corpo do familiar.
Ainda segundo familiares, os parentes teriam visto Mariano na última sexta-feira e quando voltou ao hospital, na segunda-feira à tarde, foi informada que o mesmo havia falecido e enterrado no Divina Pastora.
Agora, os familiares de Mariano Duarte querem informações sobre a documentação de Mariano e onde estaria enterrado o corpo do familiar.
O Alagoas24horas entrou em contato com o setor de Serviço Social do Hospital de Pronto-Socorro e foi informado que a denúncia da família de Mariano Florêncio Duarte não procede. Segundo a assistente social Walkíria Padilha, o paciente foi internado no último dia 2 de janeiro, após atendimento de uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Segundo a assistente, mesmo sendo um paciente clínico – a Unidade de Emergência é destinada a atendimentos de urgência- Mariano Duarte foi internado no 2° andar do HPS e por tratar-se de paciente com mais de 70 anos, a família foi informada que ele teria direito a um acompanhante, o que não foi providenciado pelos familiares.
Ainda conforme Walkíria Padilha, Mariano Florêncio faleceu às 5h40 do dia 7 (sábado), após parada cardiorespiratória e desde então o Serviço Social do HPS tentou entrar em contato com a família do paciente, quando descobriu-se que na ficha existia apenas o bairro onde ele residia.
O hospital teria esperado 48 horas, sem obter nenhum contato com a família, para só então permitir o sepultamento do paciente.
“Por tratar-se de uma unidade de emergência, é comum recebermos pacientes sem identificação, mas os familiares costumam nos procurar para fornecer estas informações posteriormente. Contudo, este não foi o caso do senhor Mariano Duarte, a família o abandonou e infelizmente não pudemos fazer nada”, alega.
O setor de Assistência Social do HPS informa, ainda, que a central de óbitos do hospital possui todas as informações sobre onde se encontra enterrado o corpo de Mariano Florêncio Duarte.