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Pão de Açúcar vendeu 2,6% a mais em 2005

O bom desempenho se deve, principalmente, as vendas de itens não-alimentícios, o que significou um incremento de 12,5% em relação ao ano anterior, enquanto os itens alimentícios registraram alta de apenas 0,1%. Um resultado que pode ser explicado pela forte expansão do crédito ao longo de 2005, beneficiando as vendas de produtos não-alimentícios.

O Grupo Pão de Açúcar, dono das redes Extra e Extra Eletro e dos supermercados Pão de Açúcar, Comprebem e Sendas, fechou o ano de 2005 com um crescimento nas vendas de 2,6% em relação a 2004, reafirmando o seu prestígio de maior loja de varejo do Brasil.

O bom desempenho se deve, principalmente, as vendas de itens não-alimentícios, o que significou um incremento de 12,5% em relação ao ano anterior, enquanto os itens alimentícios registraram alta de apenas 0,1%. Um resultado que pode ser explicado pela forte expansão do crédito ao longo de 2005, beneficiando as vendas de produtos não-alimentícios. Em contrapartida, a venda de alimentos não foi tão expressiva por ser mais dependente da renda do consumidor, que não reagiu no ano passado.

“O ano de 2005 foi marcado por um ambiente de consumo retraído, resultante do baixo poder aquisitivo dos consumidores e da diminuição do nível de confiança verificada a partir do início do segundo semestre", informou o Grupo Pão de Açúcar.

Mas apesar disso, o Grupo acredita que aumentou sua participação no mercado em 2005, devido ao aumento no fluxo de clientes em suas lojas em comparação com a concorrência. O faturamento líquido do Grupo Pão de Açúcar atingiu R$ 1,497,5 bilhão em dezembro. No ano, as vendas líquidas somaram R$ 13,395 bilhões ― uma alta de 6,6% na comparação com 2004.

Para 2006, a companhia espera obter margens operacionais semelhantes às registradas em 2005, "porém com patamares mais elevados de vendas, que esperamos significar um crescimento acima da inflação projetada para o ano".

Investimentos à vista

O Grupo Pão de Açúcar pretende investir R$ 1,5 bilhão até 2007 para ampliação da sua rede supermercadista. Os novos projetos visam a abertura de 16 a 20 hipermercados e de 40 a 60 supermercados.

Essa expansão, pelo que informou a companhia, permitirá um aumento anual médio da área de vendas entre 6% e 8%. Além disso, esses investimentos fazem parte de um plano para crescer organicamente, que ainda precisará ser aprovado pelo conselho de administração do Grupo.

Segundo os executivos do Grupo, a meta principal para os próximos dois anos (2006-2007), é o aumento da sua eficiência operacional, competitividade e lucratividade. E para alcançar esses objetivos, a companhia já deu início a determinadas ações, como a revisão de seu modelo de gestão e de sistemas relacionados a compras e de gerenciamento de categorias. Com isso, pretende ganhar eficiência nas negociações com fornecedores, na definição do sortimento e de estratégias de preços, nas promoções e na exposição de produtos nas lojas.

Outras ações em andamento são o chamado projeto "Orçamento Base Zero"; centralização de serviços internos; criação da área de suprimentos e serviços que centralizará a compra de produtos e serviços não destinados à venda; entre outras.

"Os ganhos de eficiência que esperamos obter com essas iniciativas serão gradualmente reinvestidos em menores preços para os consumidores, nos possibilitando aumentar o tráfego de clientes nas nossas lojas, ganhar volume e, conseqüentemente, aumentar vendas mesmas lojas, que é o caminho mais eficaz para alcançarmos níveis mais elevados de retornos sobre o capital investido", declarou o Grupo em nota divulgada ao mercado.

Até setembro de 2005, o Grupo Pão de Açúcar contava com 555 pontos de venda no país: 185 supermercados Pão de Açúcar, 75 hipermercados Extra, 179 lojas da bandeira Comprebem, 50 Extra Eletro e 66 unidades da bandeira Sendas.