Entre os desinfetantes, Lysol, Pinho Bril Lavanda e Pinho Sol Original foram desclassificados por não cumprirem a função a que se destinam, ou seja, acabar com os micróbios que podem gerar graves doenças. Assim, o consumidor tem a falsa sensação de que o ambiente está higienizado.
Teste realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, a pedido do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), reprovou alguns dos desinfetantes mais utilizados pelo consumidor. De seis líderes de mercado, mais um vendido a granel, cinco foram desclassificados no teste.
As águas sanitárias se mostraram mais eficazes na eliminação de micróbios, e das sete analisadas (uma vendida a granel), duas foram eliminadas. Entre os desinfetantes, Lysol, Pinho Bril Lavanda e Pinho Sol Original foram desclassificados por não cumprirem a função a que se destinam, ou seja, acabar com os micróbios que podem gerar graves doenças. Assim, o consumidor tem a falsa sensação de que o ambiente está higienizado.
O desinfetante Natural Limp e o vendido a granel, em caminhão, nem tinham registro no Ministério da Saúde (MS), necessário para este tipo de produto. Apenas os desinfetantes Coop Plus e Extra foram aprovados, com conceitos muito bom e bom, respectivamente.
Brilhante e Great Value foram classificadas como muito boas, e Carrefour, Clorox e Super Cândida, como boas. Já Natural Limp e a comercializada a granel, sem registro no MS, foram eliminadas.
A pesquisa mostrou que a grande maioria dos produtos não oferece embalagem adequada à comercialização e ao transporte. Apesar de só se ter observado vazamento na água sanitária Super Cândida, a maioria das tampas não apresentou qualquer tipo de lacre, o que possibilita a ocorrência de acidentes domésticos e de fraudes.
Nenhum dos produtos analisados apresentou conceito melhor do que "pouco seguro". Diante dos resultados, o Idec defende a necessidade de mudança nas tampas, com a adoção do tipo "Child-proof", que gira em falso e dificulta a abertura por crianças, principais vítimas de intoxicação por estes produtos. A instituição quer a aprovação de dois projetos de lei, que poderiam contribuir para a segurança dos chamados saneantes.
Outra conclusão do estudo foi a de que os produtos vendidos a granel, no mercado informal, não trazem nenhuma vantagem ao consumidor. Além de não terem registro no MS, não demonstraram eficácia e apresentaram pouca rentabilidade, com baixa relação custo-benefício. No quesito rotulagem, todos os produtos tiveram boa avaliação.
– Exija registro no MS;
– Verifique a existência de lacre na tampa;
– Verifique os dados do fabricante no rótulo e se ele contém orientações sobre as
precauções de uso e necessidade de utilização de luvas ou outro equipamento de
proteção (use-os, se julgar necessário);
– Transporte o produto em sacola separada dos alimentos, na posição vertical, e
guarde-o fora do alcance de crianças ou animais;
– Jamais misture dois produtos, porque o resutado pode ser um produto mais tóxico do que os originais.