Cento e vinte um alunos aprovados em 44 cursos. Este foi o saldo conquistado pelo cursinho pré-vestibular da Secretaria Executiva de Educação (SEE) na primeira fase do Processo Seletivo Seriado (PSS) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Como era esperado pela coordenação do curso, o número cresceu em relação ao ano passado.
Cento e vinte um alunos aprovados em 44 cursos. Este foi o saldo conquistado pelo cursinho pré-vestibular da Secretaria Executiva de Educação (SEE) na primeira fase do Processo Seletivo Seriado (PSS) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Como era esperado pela coordenação do curso, o número cresceu em relação ao ano passado. O quantitativo representa pouco mais de 40% do total de vestibulandos inscritos no cursinho.
Agora, a expectativa é acompanhada de um reforço: até sábado as turmas terão aulas de revisão, desta vez com as turmas divididas por área. As atividades acontecem no Centro de Formação Ib Gatto Falcão (Cenfor), no Cepa, à noite. A exceção é com relação ao sábado, quando são realizadas pela manhã, a partir das 9h.
A expectativa, segundo o coordenador do cursinho, professor Abelardo Nobre, é obter um resultado ainda melhor do que no ano passado, quando cerca de 25% do total de jovens que passaram por lá conquistaram uma vaga. "Não dá para fazer uma previsão, mas este ano tivemos um funcionamento excelente e acreditamos que isso deve se refletir no resultado final", diz.
Para o secretário executivo de Educação, José Marcio Lessa, a existência de um cursinho voltado para estudantes da rede pública dá oportunidade para que esses alunos ingressem em um curso superior, ao mesmo tempo em que são incentivadas as áreas de licenciatura. "Mais tarde, eles poderão vir a suprir as carências nessas áreas na rede estadual", acredita o secretário.
O Cursinho Pré-Vestibular da SEE começou com a proposta de ser um estímulo à docência, contribuindo para a aprovação de alunos da rede estadual em cursos de licenciatura na área de exatas, onde há uma enorme carência de professores. O coordenador explica que, com o tempo, a iniciativa passou a absorver outras demandas, mas as estratégias de incentivo ao aluno que escolher química, física, matemática ou biologia continuam: os aprovados são contemplados com uma bolsa na rede estadual. Desde a criação do cursinho, em 1999, 116 alunos nessa situação já foram beneficiados.
"Para nossos alunos da rede, uma bolsa não é simplesmente um auxílio. É, muitas vezes, o sustento da família", relata Abelardo. Dependendo da carência, os alunos de outras áreas também podem ser contemplados com bolsa. O professor Abelardo dá exemplos de alunos que mudaram a vida com a oportunidade oferecida.
"Tem um aluno que vinha a pé de outros bairros somente para assistir aulas. Depois de conseguir a aprovação e ganhar a bolsa da SEE, foi contemplado com bolsa do CNPq. A grande parte é muito carente, e vê na iniciativa uma oportunidade de melhorar de vida. Tem outro aluno que ficou sabendo da sua aprovação no cursinho, porque não tinha sequer rádio para escutar o resultado em casa", conta.
Quanto ao público que freqüenta o cursinho, é bem diversificado. Há jovens de escolas estaduais da capital, mas também há alunos procedentes de Viçosa, Murici, Marechal Deodoro, Campo Alegre, São Luiz do Quitunde e Paripueira. Essas distâncias revelam a força de vontade dos candidatos em conquistar uma vaga na universidade. Todos oriundos de Chã do Pilar, por exemplo, foram aprovados nessa etapa.