O Estado de Pernambuco – umas das principais fontes de escoação da carne exportada por Alagoas – classificou o gado deste Estado na zona de risco médio da Aftosa. Para o diretor da Agência de Defesa Agropecuária de Alagoas (Adeal), Hibernon Cavalcante, isto não significa que vá acabar o comércio da carne bovina, entre Alagoas e Pernambuco. “O que vai existir de certo será uma redução na venda do produto”.
O Estado de Pernambuco – umas das principais fontes de escoação da carne exportada por Alagoas – classificou o gado deste Estado na zona de risco médio da Aftosa. Para o diretor da Agência de Defesa Agropecuária de Alagoas (Adeal), Hibernon Cavalcante, isto não significa que vá acabar o comércio da carne bovina, entre Alagoas e Pernambuco. “O que vai existir de certo será uma redução na venda do produto”.
Hibernon Cavalcante explica que com a classificação – que começa a valer no próximo dia 31 – o gado que sair de Alagoas com destino a Pernambuco só poderá entrar pelo município de Bom Conselho (PE) e lá deve ficar num período de quarentena até que seja liberado para o comércio com o produtor local. “Esta ação aumenta o custo da compra, pois quem arca com isto é o agropecuarista da região que importa o gado”.
Cavalcante avalia que a decisão do governo pernambucano foi de acordo com a normatização federal e por esta razão não foi pego de surpresa. “Pernambuco e Sergipe devem ser vistos como estados parceiros na luta pela reclassificação com relação a aftosa, pois eles sabem o que representa Alagoas sair desta situação. Diminui o risco para eles também. No caso de Pernambuco nos serve de exemplo, pois conseguiu a reclassificação em dois anos”.
O presidente da Adeal acredita que Alagoas consiga sua reclassificação em menos de dois anos e coloca como argumentos a boa relação com os estados vizinhos e a estruturação da própria Adeal. “Depende muito da ajuda do produtor local, da agilização nos processos de implementação definitiva da Agência e da ajuda, que estamos tendo, do Governo do Estado”.
Hibernon Cavalcante disse que a Adeal em breve já terá sua sede organizada. “Neste momento estamos resolvendo a parte burocrática para funcionar de imediato. Já existem planos para concurso público, pois vamos precisar de funcionários”.
Com as novas normas, o gado a ser comercializado com outros estados não mais sairá de Alagoas de forma instantânea. “Será necessário todo um processo de organização, que leva em torno de três dias. É cobrado o cadastro da propriedade e seu histórico de vacinação, bem como o animal já deve ter sido vacinado por pelo menos duas vezes”, explica o presidente da Adeal.