Três pessoas ligadas ao caso Celso Daniel, prefeito petista de Santo André (SP) seqüestrado e assassinado em janeiro de 2002, devem prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos nesta semana.
Três pessoas ligadas ao caso Celso Daniel, prefeito petista de Santo André (SP) seqüestrado e assassinado em janeiro de 2002, devem prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos nesta semana.
Na terça-feira (24), às 11h, a CPI irá ouvir o médico Paulo Algarate Vasques e os delegados Edson Santi e José Pinto de Luna. No dia seguinte, quarta-feira (25), o colegiado vai discutir o relatório parcial do caso Gtech/Caixa apresentado pelo relator, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), na última quarta (18).
Há possibilidade de o relatório ser votado pelos senadores já na própria quarta-feira.
O médico legista Paulo Vasques trabalhou com o também legista Carlos Delmonte Printes na autópsia do cadáver do prefeito Celso Daniel. Delmonte foi encontrado morto em seu escritório em outubro do ano passado.
Edson Santi, delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais de São Paulo (Deic), e José Luna, delegado da Polícia Federal (PF), participaram das investigações sobre o crime. Luna é o responsável pelo inquérito na PF.
O relator Garibaldi divulgou nesta sexta-feira (20) um documento em resposta às recentes críticas da Caixa Econômica Federal sobre o relatório parcial da CPI. No texto, Garibaldi afirma que a nota divulgada pela estatal "adjetiva grosseiramente o trabalho de investigação parlamentar".
O relator chega a classificar a nota da Caixa de "rude e despropositada". Além disso, o relator reafirma que existem fortes indícios de favorecimento da Caixa à Gtech durante as negociações para a renovação do contrato. Garibaldi vai mais longe e diz que o dito favorecimento "não se inspirou em razões de interesse público, mas em transações envolvidas em penumbras".
Na avaliação do relator, o Congresso Nacional deve determinar, por decreto legislativo, "o fim desse relacionamento evidentemente espúrio da Caixa com a Gtech". O relator afirma existirem graves irregularidades nos sucessivos aditivos e prorrogações em favor da multinacional.
Augusto Castro / Repórter da Agência Senado