A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios deve aprovar, ainda nesta semana, a convocação do publicitário Duda Mendonça para explicar a procedência do recursos de contas que tem no exterior. A informação é do relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Ele acredita na aprovação, por consenso, da convocação de Duda já na próxima quinta-feira.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios deve aprovar, ainda nesta semana, a convocação do publicitário Duda Mendonça para explicar a procedência do recursos de contas que tem no exterior. A informação é do relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Ele acredita na aprovação, por consenso, da convocação de Duda já na próxima quinta-feira.
Serraglio disse que o depoimento de Duda Mendonça só será marcado depois que a delegação de parlamentares voltar dos Estados Unidos. Eles vão aos Estados Unidos para investigar as contas do publicitário. O objetivo é conseguir junto à justiça e ao governo americanos dados das contas bancárias de Duda. No ano passado, o publicitário compareceu espontaneamente à CPMI e afirmou que, em 2003, foi pressionado pelo empresário Marcos Valério de Souza a abrir a conta "Dusseldorf" no exterior, para que pudesse receber R$ 10,5 milhões que seriam restos a pagar de campanhas do PT feitas em 2002.
Independentemente do novo depoimento, Serraglio disse que vai pedir, relatório final, o indiciamento do publicitário ao Ministério Público. "Ele será indiciado por vários delitos como sonegação de tributos, remessa ilegal de dinheiro ao exterior e evasão de divisas", afirmou.
O relator também confirmou que vai citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no relatório final. Ele disse que vai colocar tudo que foi dito em depoimentos sobre "o grau de conhecimento" do presidente sobre um suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares, que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) chamou de "mensalão". "Isso não quer dizer que o presidente tenha incorrido em crime de responsabilidade. O que vou fazer é citar o que foi dito à CPMI", afirmou Serraglio.