Participam da reunião com Lula e sua equipe econômica a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a Central Geral de Trabalhadores (CGT), a Social Democracia Sindical (SDS), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a Central Autônoma de Trabalhadores (CAT).
Governo e centrais sindicais devem bater o martelo hoje, em reunião marcada para as 15 horas, sobre o reajuste do salário mínimo para 2006. Está na mesa de negociação, coordenada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a contraproposta apresentada pelas centrais sindicais na última quinta-feira, que estabelece elevação do mínimo dos atuais R$ 300 para 350 em abril e uma correção da tabela do imposto de renda em 8%.
Caso seja aprovada, a decisão encerra um processo de negociação que teve início em 30 de novembro, quando sindicalistas realizaram marcha a Brasília pela valorização do salário mínimo. Recebidos pela ministra-chefe da Casa Civil e pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, os líderes sindicais propunham um mínimo de R$ 400 e atrelaram a isso a reivindicação da correção da tabela do imposto de renda em 13%, correspondentes às perdas provocadas pela inflação nos últimos dois anos.
O governo iniciou o debate propondo o valor de R$ 340 para o salário mínimo e defendendo que a correção da tabela fosse discutida em um outro foro. Na época, o relator do orçamento, deputado Carlito Merss (PT/SC), argumentou que o reajuste para R$ 400 teria um impacto de R$ 12,4 bilhões nas contas do governo.
Na semana passada chegou-se a um acordo em torno do valor de R$ 350. Mas há divergência quanto ao mês em que o novo mínimo passará a valer: abril para as centrais e maio para o governo. Também não há consenso em relação ao índice de correção da tabela do imposto de renda. Os sindicalistas condicionam os 8% à antecipação do reajuste para abril e o governo propõe 7%.
O relator da lei orçamentária, deputado Carlito Merss, defende o reajuste em maio e a correção da tabela do imposto de renda em 10%. Segundo Merss, essa proposta chegou a ser apresentada pelo governo na reunião de quinta-feira. "Em termos de números, esse é o acordo que ajudaria a todos", disse. Para ele, caso o governo opte por ceder aos apelos dos sindicalistas, será preciso deslocar R$ 700 milhões do orçamento para atender ao pleito. No
entanto, o parlamentar citou que diversos prefeitos já disseram que não teriam suporte administrativo para antecipar o reajuste. "Para nós não haveria problemas, temos como arrumar o valor. Mas a preocupação que os sindicalistas não têm levado em consideração é a angústia dos prefeitos das pequenas cidades".
Participam da reunião com Lula e sua equipe econômica a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a Central Geral de Trabalhadores (CGT), a Social Democracia Sindical (SDS), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a Central Autônoma de Trabalhadores (CAT).