Hoje cerca de 500 residentes fazem o curso a distância em pontos de 14 universidades federais, em uma escola estadual de saúde, uma secretaria estadual de saúde e em três hospitais de guarnição militar.
O Curso Livre de Atualização para Médicos Residentes das regiões Norte e Nordeste terá em 2006 duas alterações que visam melhorar o aprendizado e ampliar o acesso às aulas: serão introduzidas aulas em tempo real para permitir a interação dos residentes com os professores e oferecidas reprises das aulas da semana aos sábados. A outra novidade será a expansão da oferta do curso dos atuais 19 para 50 pontos em todas as regiões do país.
Na avaliação do presidente da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) da Secretaria de Educação Superior, Antônio Carlos Lopes, hoje cerca de 500 residentes fazem o curso a distância em pontos de 14 universidades federais, em uma escola estadual de saúde, uma secretaria estadual de saúde e em três hospitais de guarnição militar. Os hospitais de guarnição estão localizados em Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, e em Porto Velho, Rondônia.
O programa do Ministério da Educação, desenvolvido com estes parceiros, oferece cinco cursos com duração de 120 horas cada em clínica médica, obstetrícia e ginecologia, saúde da família, ética e bioética. Em 2006, será oferecido também o de pediatria. Para participar do curso, o residente precisa ir à universidade ou instituição local que está na parceria. As aulas têm duração de uma hora com discussão posterior sobre o conteúdo. Algumas instituições, explica o presidente da CNRM, fazem uma avaliação dos alunos após cada aula.
Além dos 19 pontos já em atividade, em abril deste ano a CNRM vai expandir a oferta do curso para outras 31 instituições. Para entrar na parceria, a universidade precisar ter um hospital, programas de residência médica e número expressivo de residentes. O público-alvo são os residentes, mas os médicos que trabalham em áreas de fronteira e no interior do país também podem se atualizar nos cursos. Os objetivos da oferta do ensino livre, diz Antônio Carlos Lopes, são socializar os conhecimentos hoje concentrados nos grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e reduzir o número de deslocamentos dos residentes para cursos e congressos.
A Comissão Nacional de Residência Médica prepara para março, em Brasília, um seminário com os coordenadores do curso para avaliar a primeira fase que se desenvolveu nos meses de setembro a dezembro de 2005. Entre os pontos que serão analisados estão a receptividade e o aproveitamento do curso na modalidade a distância, como estimular a participação de mais residentes e se os horários das aulas são adequados. Essa avaliação, diz o presidente da CNRM, visa colher sugestões que possam contribuir para aprimorar a oferta do curso antes de expandi-lo para as demais regiões.