As representantes do Cedim foram escolhidas e eleitas no dia 29 de novembro para o biênio 2005/2007 por instituições com comprovado trabalho em prol da mulher alagoana.
As novas conselheiras de Defesa dos Direitos da Mulher do Estado de Alagoas (Cedim/AL) serão empossadas amanhã, às 17 horas, em solenidade a ser realizada do Teatro Deodoro. As representantes do Cedim foram escolhidas e eleitas no dia 29 de novembro para o biênio 2005/2007 por instituições com comprovado trabalho em prol da mulher alagoana.
São oito representantes dos movimentos sociais com suas respectivas suplentes e oito representantes de órgãos governamentais e suplentes. Foram eleitas representantes da Associação Alagoana Pró-Mulher, Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica, Associação da Mulher Advogada de Alagoas, Centro de Apoio à Melhor Idade, Clube de Mães de Fernão Velho, Comitê Inter-Tribal de Mulheres Indígenas, Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Alagoas e Organização de Mulheres Maria Mariá.
Os nomes das representantes das instituições governamentais foram indicados pelos próprios órgãos, formado pelas secretarias Secretaria Coordenadora de Justiça e Defesa Social, Especializada da Mulher e de Cidadania e Direitos Humanos, Executivas de Educação, de Economia Solidária, Trabalho e Renda e de Saúde, além do Ministério Público e Universidade Federal de Alagoas.
A última gestão do Cedim foi encerrada em 2003, tendo como presidenta Ana Raposo. Hoje, o Conselho integra a Secretaria Especializada da Mulher. O primeiro Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher foi criado em março de 1986, graças ao empenho de mulheres como Selma Bandeira, Kátia Born, Thaís Normande, Terezinha Ramires e Wedna Miranda, inspiradas num movimento nacional pela redemocratização do país.
Tudo começou no Movimento de Mulheres pelas Diretas Já, encabeçado pela então deputada estadual por São Paulo, Ruth Escobar, que convocou líderes de todo o país, entre as quais a deputada estadual alagoana Selma Bandeira. Essas mulheres sentiram a necessidade de se criar um órgão federal para defender os direitos das mulheres.
Após a inesperada morte do presidente Tancredo Neves, que havia se comprometido com a luta dessas mulheres, em 1985, o sucessor José Sarney nomeia uma comissão multipartidária para fazer um anteprojeto, com a participação de Selma Bandeira. Em 1985, um projeto de lei cria o Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Mulher, vinculado ao Ministério da Justiça.