"Pelas normas do direito internacional, declaramos culpado o governo dos Estados Unidos por crimes de terrorismo internacional", sentenciou o júri popular, aplaudido por cerca de dois mil presentes no Teatro Teresa Carreña. A decisão, tomada simbolicamente neste 6º Fórum Social Mundial, foi lida pelo presidente do júri, o belga Francois Houtart, diretor do Centro Tricontinental.
"Pelas normas do direito internacional, declaramos culpado o governo dos Estados Unidos por crimes de terrorismo internacional", sentenciou o júri popular, aplaudido por cerca de dois mil presentes no Teatro Teresa Carreña. A decisão, tomada simbolicamente neste 6º Fórum Social Mundial, foi lida pelo presidente do júri, o belga Francois Houtart, diretor do Centro Tricontinental.
Ao longo de todo o dia de hoje (26), várias testemunhas embasaram a decisão unânime do júri, formado por membros de diversos países, inclusive os Estados Unidos. O mexicano Fernando Suárez, residente na Califórnia, testemunhou sobre a morte de seu filho, Jesús, soldado das tropas norte-americanas no Iraque. O presidente George W. Bush determinou a invasão do país em 2003, derrubando o presidente Saddam Hussein.
"O governo dos Estados Unidos age contra a ordem jurídica internacional, promovendo golpes de Estado em diversos países", definiu o júri. O julgamento listou também o apoio da Casa Branca a
golpes de Estado na América Latina. Foi citada a Operação Condor, em que a Casa Branca, segundo arquivos divulgados nos Estados Unidos, incentivou a repressão das ditaduras militares na América do Sul nos anos 1970.
Foram arrolados na denúncia contra a Casa Branca, também, o embargo econômico a Cuba e atentados no país que, segundo o governo cubano, teriam sido coordenados pela Agência Central de Inteligência (CIA, pela sigla em inglês). As testemunhas também relataram o caso do Ato Patriótico – nova legislação dos Estados Unidos que suspende, em caso de suspeita de terrorismo, direitos básicos como privacidade de correspondência e estende a prisão temporária.
"Essas ações não são acidentes da história, mas resultado de uma política deliberada de dominação dos países estrangeiros e que geram casos de violação de direitos humanos contra seus próprios cidadãos estadunidenses", resumiu Houtart.