"Nem" Pagão, tio do vereador Júnior Pagão, é um dos três foragidos da Justiça em Rio Largo - ele escapou ao cerco da polícia. Considerado como o mais violento da família, "Nem" Pagão é acusado de cometer 30 crimes.
Entre os 14 presos pela “Operação Mata do Rolo”, executada pela polícia em Rio Largo, não estão os dois principais acusados pela prática de crimes como seqüestros, assaltos e assassinatos. São eles: o vereador Júnior Pagão e seu tio "Nem" Pagão, que escapou ao cerco, embora até o começo do mês circulasse livremente na cidade.
Nem Pagão é acusado de ter assassinado a esposa, há cinco anos, no Eustáquio Gomes, e o sargento PM Oliveira, entre cerca de 60 crimes que a polícia lhe acusa – assassinatos, seqüestros e roubo de cargas e de carro.
Apontado como “o mais perigoso” entre os integrantes da família Pagão, Nem é acusado também de comandar a famosa “Chacina de Rio Largo”, ocorrida durante a gestão do prefeito Mário Torres, no começo da década de 1990 – foram mais de 30 execuções; nenhum inquérito foi concluído e Nem jamais foi julgado pelos crimes.
Até estourar as denúncias do delegado Marcílio Barrenco, que desbaratou a quadrilha de assaltantes e seqüestradores, "Nem" Pagão circulava livremente por Rio Largo; ele costumava freqüentar bares no distrito de Lourenço de Albuquerque e a polícia acredita que está por perto, escondido em alguma fazenda entre os municípios de Murici e Atalaia.
O comerciante Carlos Jorge Cardoso da Silva, tio do vereador Jorge Pagão e um dos 14 presos na manhã de hoje pela “Operação Mata do Rolo”, executada em Rio Largo, negou seu envolvimento em crimes e defendeu o sobrinho.
“Estou sendo humilhado; estou aqui algemada como vocês estão vendo. A família Pagão não tem bandidos. Meu pai é um homem de bem e eu não entendo porque estamos passando por essa humilhação”, desabafou.
Foram presos Ricardo Schavuzzo, marido da prefeita de Rio Largo, Luis Pedro da Silva, Ernesto Cassiano dos Santos Filho, Enivaldo da Silva, o motorista Edson Amador da Silva Júnior, Washington Luis da Silva Feitosa, Carlos Jorge Cardoso da Silva, outro tio de Júnior Pagão, Fernando Kleber Hortêncio da Costa, o açougueiro José Ricardo Simeão Lins, que estava armado um com revólver 38, Waldemir de Araújo Silva, Marivaldo dos Santos Silva, Aleksandro Berto de Pontes, José Benedito Sebastião e Givaldo da Conceição.