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Delegada comprova base do crime na Assembléia

O trabalho de investigação da delegada de Homicídio de Pernambuco, Silvana Lélis, para apuração do assassinato do promotor Rossini Alves, acabou identificando uma base do crime de pistolagem na Assembléia Legislativa de Alagoas.

O trabalho de investigação da delegada de Homicídio de Pernambuco, Silvana Lélis, para apuração do assassinato do promotor Rossini Alves, acabou identificando uma base do crime de pistolagem na Assembléia Legislativa de Alagoas.

O “assessor parlamentar” Luiz Henrique de Oliveira, na verdade, é pistoleiro e trabalhou muito tempo como segurança do prefeito de Cupira, município no agreste pernambucano, onde o promotor foi assassinado em maio do ano passado.

Reservada e mostrando desembaraço nas suas ações, a delegada veio três vezes a Maceió e se manteve anônima, até confirmar a participação do “assessor” da Assembléia Legislativa no crime. No levantamento feito pela delegada, com o apoio da Polícia Federal, foi possível identificar o “assessor” e o gabinete onde está lotado. Henrique é cunhado do chefe de gabinete do deputado Chico Tenório.

Comprovando

A delegada disse que trabalha no caso do assassinato do promotor há nove meses com a missão de esclarecer o crime, “seja quem for que estiver envolvido”, conforme lhe determinou o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB).

O assassinato do promotor, além de ter revoltado a população de Penelas e Cupira – ele acumulava as funções nas duas cidades – foi denunciado à Organização das Nações Unidas (ONU) e se transformou em mais um crime internacional contra autoridades responsáveis pelo combate à violência na América Latina.

Somente depois de ter certeza da participação do “assessor” e do sargento Medeiros no assassinato do procurador, foi que a delegada Silvana Lélis procurou a Polícia Civil alagoana. Estranhamente, depois desse contato deu-se o vazamento de informações que levaram os acusados a fugirem antes de serem presos.

As investigações da delegada pernambucana também comprovaram as denúncias feitas pelo presidiário Fernando Fidélis, morto dentro do Presídio Baldomero Cavalcanti, e pelo ex-soldado PM Garibaldi – eles, em troca do benefício de redução de pena, esclareceram vários crimes de assaltos a bancos, seqüestros e assassinatos e apontaram os nomes dos mandantes e pistoleiros.