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Servidores públicos federais aprovam greve para 15 de março

Os servidores públicos federais ligados à Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, que representa cerca de 70% da categoria) aprovaram hoje um indicativo de greve a partir do próximo dia 15 de março.

Os servidores públicos federais ligados à Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, que representa cerca de 70% da categoria) aprovaram hoje um indicativo de greve a partir do próximo dia 15 de março.

A possível paralisação dos servidores, entretanto, ainda dependerá da aprovação em uma nova plenária, prevista para acontecer em 11 de março, quando serão discutidos os desdobramentos no Congresso e no governo, sobre o reajuste salarial da categoria.

O indicativo aprovado hoje é uma resposta dos servidores ao novo adiamento do governo em apresentar uma proposta de reajuste salarial principalmente para os funcionários classificados como PCCs (Plano de Classificação de Cargos).

A Condsef acusa o governo de descumprir 13 acordos firmados com os servidores, além de não apresentar uma proposta formal para o reajuste deste ano, ao marcar e desmarcar reuniões com os representantes da categoria.

O Ministério do Planejamento chegou a convocar os servidores e a imprensa para divulgar sua proposta ontem, mas depois adiou o anúncio e informou que iria esperar quanto o Congresso Nacional irá reservar para essa despesa no Orçamento deste ano.

Uma das principais reivindicações dos servidores, além do reajuste salarial, é a de que sejam criados planos de carreiras específicos por áreas.

Enquanto aguardam uma proposta formal do governo, os servidores deverão intensificar as pressões por reajuste salarial junto ao Congresso Nacional, já que o governo deixou claro hoje que só irá apresentar sua proposta aos servidores após a aprovação do Orçamento.

A expectativa é a de que o Orçamento seja votado pela comissão mista na próxima semana, mas o plenário só irá discutir a matéria após o Carnaval.

A Condsef estima que seriam necessários cerca de R$ 6 bilhões para cobrir os gastos para o cumprimento de todos os acordos com os quais o governo se comprometeu. A proposta de Orçamento que chegou ao Congresso previa apenas R$ 1,5 bilhão, mas a comissão mista já considera a possibilidade de elevação das receitas neste ano.