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Analista contábil nega ser o causador de acidente que matou senhoras

Após prestar depoimento na Delegacia de Acidentes, o analista contábil Daniel Portela, de 28 anos, em entrevista à imprensa explicou que teve participação mas não foi o causador do acidente de trânsito que matou duas senhoras na Avenida Brasil no último dia quatro.

Daniel Portela durante depoimento

Após prestar depoimento na Delegacia de Acidentes, o analista contábil Daniel Portela, de 28 anos, em entrevista à imprensa explicou que teve participação mas não foi o causador do acidente de trânsito que matou duas senhoras na Avenida Brasil no último dia quatro.

Daniel informou que apenas teve conhecimento que a colisão havia feito vítimas dez dias após o acontecido, quando recebeu um telefonema do diretor administrativo da Limpel (empresa que trabalha), Fernando Coutinho.

“Eu estava em Fortaleza quando Fernando me ligou e informou que o acidente no qual eu havia me envolvido tinha feito vítimas e que até nomes de delegados teriam sido cogitados no caso”, afirmou Daniel.

O contador informou também que no momento da colisão estava numa rua transversal à Avenida Brasil, vindo com mais dois amigos do bairro do Jaraguá, e que o Palio viria em alta velocidade chegando a colidir com a frente do Gol azul de placa MUZ 7170, de sua propriedade.

“Ele perdeu o controle e rodou na pista. Foi a única coisa que vi. Fui embora porque fiquei nervoso e também pelo fato da minha habilitação está em processo de renovação”, ressaltou Daniel, que dias depois viajou para Fortaleza com a família.

Delegado

Quanto ao envolvimento do delegado Jobson Cabral no caso, Daniel informou que não conhecia Jobson até dias após o acidente quando o delegado visitou o diretor administrativo da Limpel. “Não o conhecia, soube que ele estava na empresa e comentei que havia me envolvido em um acidente de trânsito e perguntei se ele sabia de alguma oficina mecânica. Foi quando ele me deu o telefone da oficina que coloquei meu carro para consertar. Na oficina falei que foi o Jobson quem havia me indicado pelo fato de cogitar um desconto pelo serviço”, disse.

O delegado titular da Delegacia de Acidentes, Fernando Tenório, comentou que até o momento não existe nada na investigação que acuse Jobson Cabral de qualquer participação. “Até agora não existe nada. Ele já prestou esclarecimento e informou que não sabia que de nenhum acidente e que não conhecia Daniel. Caso venha constar algo contra ele, ele vai responder igual a todos”, comentou o delegado.

Tenório explicou ainda que ainda esta semana deve está ouvindo o motorista do Palio e algumas testemunhas do acidente. “Mas de antemão os dois motoristas vão ser indiciados”, completou.

Perícia

“Ainda não entendi o porquê, mas o Instituto de Criminalística (IC) não fez a perícia no local do acidente e isso vem dificultando e muito a investigação”, falou o delegado Fernando Tenório.

Segundo o delegado, a informação que obteve foi de que a perícia do Detran não solicitou da delegacia plantonista a presença do IC. “Ainda estamos analisando tudo isso, mas a falta da perícia somada com a greve dos agentes de polícia civil tem dificultado e muito o trabalho de investigação. Só sei que estou dentro do meu prazo e não cabe a mim julgar nada. Vou terminar o inquérito e remetê-lo à Justiça”, finalizou.

Vítimas

O acidente, que culminou na morte de duas senhoras, aconteceu no dia 4 de fevereiro deste mês. A colisão envolveu dois veículos, um Pálio de cor branca e um Gol azul (MUZ – 7170/CE). Segundo testemunhas, o Palio vinha pela Avenida Brasil, quando o Gol tentou ultrapassar para outra rua sem respeitar a sinalização. Os dois se chocaram e o Palio acabou atingindo quatro senhoras que estavam conversando na porta de casa.

Maria de Lurdes Lamenha de Menezes, 78, e Eleuza Ferreira Rego, 68, foram encaminhadas à Unidade de Emergência Armando Lages, mas não resistiram. A outra vítima, Terezinha de Moraes Lopes, 71, foi encaminhada à Unimed, onde foi submetida a uma cirurgia. Além dela, Hélia Monteiro sobreviveu ao acidente.