Gustavo Kuerten passou pelo primeiro teste no Aberto do Brasil. Jogando ao lado de André Sá, seu parceiro na Copa Davis, ele estreou com vitória na chave de duplas, batendo o chileno Nicolas Massú e o peruano Luis Horna por 2 sets a 1, de virada, com parciais de 4-6, 6-4 e 10-6.
Gustavo Kuerten passou pelo primeiro teste no Aberto do Brasil. Jogando ao lado de André Sá, seu parceiro na Copa Davis, ele estreou com vitória na chave de duplas, batendo o chileno Nicolas Massú e o peruano Luis Horna por 2 sets a 1, de virada, com parciais de 4-6, 6-4 e 10-6.
Foi a segunda vitória dos brasileiros em duas semanas contra Horna. O peruano já havia sido vítima de Guga e Sá no confronto pela Zona Americana da Davis. Dessa vez, o triunfo foi mais saboroso já que Massú, o parceiro de Horna, é o atual campeão olímpico de simples e de duplas.
Essa foi também a nona vitória de Guga e Sá, juntos, no circuito internacional, em 16 partidas. O melhor resultado deles foi o vice-campeonato em 2002, em que perderam para o norte-americano Scott Humphries e para Mark Merklein, de Bahamas. Na ocasião, Guga levou o título de simpes, ganhando do argentino Guillermo Coria.
Para chegar ao triunfo, nesta segunda-feira, na quadra central do complexo montado na Costa do Sauípe (BA), a dupla brasileira precisou se superar. Guga e Sá tinham o jogo praticamente perdido com uma quebra de saque atrás no segundo set, depois de já terem sido derrotados no primeiro.
No primeiro set, os brasileiros tiveram chance de quebrar o saque de Horna no quarto game. Mas Guga errou uma devolução e, no ponto decisivo (nos jogos de duplas não há vantagem na disputa dos games, que são definidos no ponto seguinte ao 40-40), o peruano levou melhor em uma troca de bola com Sá.
Depois do equilíbrio mantido até o sexto game, Sá tem o saque quebrado. Deixando o lado esquerdo vulnerável, ele levou duas bolas no pé e, no break point, perdeu duelo na rede contra Massú. A partir daí, a dupla estrangeira confirmou o serviço mais duas vezes para fechar a série em 6 a 4.
No segundo set, os brasileiros sucumbiram à pressão de Massú no terceiro game, em que Sá teve o saque quebrado. Em seguida, Guga teve boa chance para dar o troco, mas cometeu dois erros não-forçados e deixou os rivais abrirem vantagem de 3 a 1.
O momento decisivo para os brasileiros foi no sétimo game. A dupla salvou dois break points no saque de Sá e, em seguida, contou com a força da torcida para empatar o jogo. No saque de Massú, Guga e Sá acertaram um voleio e aproveitaram erro de Horna para fazer 40-0. Eles perdem as duas primeiras chances, mas fecham após paralela de Guga, indefensável para Horna.
Depois de fazer 5 a 4 no saque de Guga, os brasileiros partiram para o décimo game motivados e conseguiram a quebra decisiva após Horna cometer erro não-forçado, fechando a série em 6 a 4.
Com a decisão indo para o super tie-break (vence a dupla que fizer dez pontos primeiro, tendo dois de vantagem), Guga e Sá abriram vantagem de 5 a 2 e, com dois bons saques de Sá, aumentaram a diferença para cinco pontos. Então, os brasileiros perdem três pontos seguidos e só têm a pressão amenizada após o tenista mineiro acertar um voleio.
Ao fazer 8 a 6, o Brasil teve dois saques à disposição. No primeiro, Sá fechou o ponto na rede e, no segundo, o bom saque do mineiro fez Massú mandar a bola direto para fora, dando a vitória aos brasileiros.
Os próximos adversários de Guga e Sá saem do confronto entre os tchecos Frantisek Cermak e Leos Friedl, cabeças-de-chave número 1, e da dupla formada pelo argentino Carlos Berlocq e o italiano Potito Starace.