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Vítima de atropelamento luta pela vida na UTI do Hospital Universitário

O estudante Kerlisson Franco de A. Casado, uma das vítimas do comerciante Anderson Clayton, que atropelou embriagado mais de dez pessoas e matou três delas, no acidente ocorrido no dia 12 de fevereiro, no ponto de ônibus em frente ao Shopping Iguatemi, trava mais uma batalha pela vida, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário.

O estudante Kerlisson Franco de A. Casado, uma das vítimas do comerciante Anderson Clayton, que atropelou embriagado mais de dez pessoas e matou três delas, no acidente ocorrido no dia 12 de fevereiro, no ponto de ônibus em frente ao Shopping Iguatemi, trava mais uma batalha pela vida, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário.

O estudante universitário chegou a receber alta da Unidade de Emergência Armando Lages, onde permaneceu por quase um mês sob os cuidados da equipe médica, mas após um exame teve uma parada cardiorespiratória e foi internado no HU.

Segundo a assessoria de comunicação do HU, o paciente foi submetido a mais uma cirurgia na tarde de ontem e seu estado é grave, mas estável.

Amigos do Kerlisson, que cursa Fisioterapia na Faculdade de Alagoas, estão ao mesmo tempo chocados e esperançosos com o Estado do amigo. “O Kerlisson é uma figura querida por todos na Faculdade. Sempre foi um aluno de destaque, tanto que se tornou monitor, e torcemos para que ele se recupere o mais rápido possível”, diz Felipe, aluno do curso de Fisioterapia.

O Alagoas24horas tentou entrar em contato com familiares do estudante, mas não obteve êxito.

Impune

Enquanto Kerlisson Casado luta a cada minuto pela vida, o comerciante Anderson Clayton Fernandes dos Santos, 30, responsável pelo acidente, pode escapar da prisão cumprindo pena alternativa.

Conforme o delegado de Acidentes de Trânsito, Fernando Tenório, esta é uma prática comum no Brasil, já que a pena alternativa – conforme o delegado – cabe aos crimes de trânsito com infração até quatro anos, quando o réu é primário. Situação na qual Anderson Clayton.

O fato de estar embriagado pode ser um agravante que aumente em um terço a pena. No entanto – conforme as estatísticas da própria Justiça Federal – apenas 1% das pessoas responsáveis por acidentes de trânsito chegaram a cumprir por seus crimes na cadeia, mesmo assim apenas parte da pena prevista.

Segundo Tenório, Anderson Clayton cometeu pelo menos três situações agravantes. No entanto, as estatísticas brasileiras estão do lado de Clayton. Conforme o Denatran, mais de 15 mil pessoas são mortas por ano no trânsito brasileiro. Em apenas 1% dos casos, os responsáveis pelos acidentes chegam a ser privado da liberdade.