Depois de ocupar favelas, o Exército iniciou hoje uma série de bloqueios em estradas do Rio, na tentativa de localizar os dez fuzis que foram levados do quartel de São Cristóvão na última sexta-feira.
Depois de ocupar favelas, o Exército iniciou hoje uma série de bloqueios em estradas do Rio, na tentativa de localizar os dez fuzis que foram levados do quartel de São Cristóvão na última sexta-feira.
Segundo o setor de Comunicação Social do Comando Militar do Leste, havia indícios de que os criminosos queriam retirar as armas do Rio. Foram montados bloqueios na Dutra, na BR-040, na Rio-Santos, na ponte Rio-Niterói e na Baía de Guanabara.
Além disso, os militares ocuparam na noite de ontem a décima favela desde o início da operação. Ao mesmo tempo em que começou o patrulhamento na favela do Metral, em Bangu, os militares saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju.
As outras localidades ocupadas são: morro da Providência, morro do Dendê, as favelas Jardim América, Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos, Nova Brasília. No total, 1.500 militares participam da operação.
Desde o início da ação do Exército nos morros e favelas, ao menos três tiroteios foram registrados. O último ocorreu na noite de terça (7), em Manguinhos. O Comando Militar do Leste afirma que não há feridos.
Na noite de segunda, o tiroteio ocorreu no morro da Mangueira. Pela manhã, um adolescente morreu atingido por um tiro nas proximidades do morro da Providência, onde horas antes foi registrado um confronto entre militares e criminosos. Um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte do garoto.
Na noite do último domingo, uma bomba de fabricação caseira foi jogada contra os soldados que ocupam o morro da Providência.
A operação deve terminar apenas quando as armas forem encontradas.
Além de um tanque de guerra e de carros de combate, o Exército cerca de 150 militares que até dezembro integravam a tropa brasileira em missão no Haiti, país caribenho em guerra civil, participaram da ação na Mangueira. É um grupo de elite, treinado para situações de conflito em áreas semelhantes às favelas cariocas.
O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta. Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. O Exército obteve mandados de busca –com validade indeterminada– na Justiça Militar.