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Caso Baré Cola: Polícia Civil quer explicações de deputado Marcos Barbosa

Agora é oficial. O deputado Marcos Barbosa (PPS) figura como um dos suspeitos de ter planejado o assassinato do cabo eleitoral, Edivaldo Guilherme da Silva, o Baré Cola. De acordo com o delegado Arnaldo Soares de Carvalho, o chefe de expediente da Delegacia de Repressão às Drogas, Everaldo Verçosa e o assessor parlamentar Luis Henrique Oliveira foram os autores materiais do crime.

Luis Vilar

Luis Vilar

Agora é oficial. O deputado Marcos Barbosa (PPS) figura como um dos suspeitos de ter planejado o assassinato do cabo eleitoral, Edivaldo Guilherme da Silva, o Baré Cola. De acordo com o delegado Arnaldo Soares de Carvalho, o chefe de expediente da Delegacia de Repressão às Drogas, Everaldo Verçosa e o assessor parlamentar Luis Henrique Oliveira foram os autores materiais do crime.

Como os dois homens não possuem ligação direta com o Baré Cola, só resta ao delegado Arnaldo Soares e ao diretor metropolitano da Polícia Civil Alcides Andrades apontarem como motivação para o crime questões políticas. “Há um político por trás da história e por enquanto o nome mais próximo é o do deputado Marcos Barbosa. Não há outro nome”.

Conforme Soares, assim que Everaldo Verçosa foi reconhecido, o deputado ligou para o celular pessoal do delegado e disse: “Eu vou esclarescer tudo. Não tenho nada a ver com este crime”. O delegado e o deputado marcaram uma conversa – com caráter de depoimento – na próxima sexta-feira, na Assembléia Legislativa de Alagoas. O delegado já indiciou Verçosa e Luiz Henrique. Os dois foram citados no inquérito como autores intelectuais. Segundo Soares, dispararam mais de 15 tiros em Baré Cola.

Com exclusividade ao Alagoas 24 Horas, o diretor metroploitano revelou que a Polícia Civil já possui informações de quanto foi pago pelo crime: R$ 5 mil. “O estranho é que o valor é irrisório, pois isso cobre apenas o valor logístico”, coloca Andrade. Devido ao baixo valor – segundo fontes – a Polícia Civil suspeita de que o trabalho foi executado por pessoas que já possuiam uma ligação forte com os suspeitos.

“Não podemos acusar ninguém ainda por falta de provas, mas estamos seguindo as investigações e vamos ouvir o deputado com toda certeza para que ele explique tudo isto”, colocou Andrade. O delegado espera que o inquérito seja concluído na próxima quinzena, para que seja enviado à Justiça.

Um dos suspeitos, Luiz Henrique de Oliveira se encontra foragido. O outro, o chefe de expediente, nega participação no crime. “Ele nega, mas as evidências são grandes. Ele foi reconhecido. O Luiz Henrique foi reconhecido por foto. Acho que não há mais o que discutir. Agora é seguir com as investigações”, finalizou Soares. Everaldo Verçosa já foi afastado da Polícia Civil.