Grupos e movimentos da sociedade civil organizada se mobilizaram em caminhadas pelo Centro de Maceió, para comemorar e protestar no Dia Internacional da Mulher. Até o fim da semana estão marcadas atividades promovidas para melhorar a condição da mulher na sociedade.
A primeira caminhada saiu do Espaço Lilás, na rua do Comércio, com a participação de cerca de 30 movimentos, como a Comissão da Mulher Trabalhadora, Centro de Referência da Mulher do PAM Salgadinho e Centro de Mulheres do Pontal da Barra. “Fizemos debates nas comunidades e grupos e agora estamos nas ruas, mostrando que o debate deve ser legalizado”, disse a estudante Liliane Bonifácio, do Centro das Mulheres do Brejal.
O grupo acredita que a opção da mulher já é uma vitória e que, por ser considerado crime, cerca de 1,2 milhão de abortos são realizados por ano na clandestinidade, causando 9% das mortes maternas e 25% das esterilidades.
A caminhada seguiu para a praça Floriano Peixoto, onde encontrou o grupo de trabalhadoras rurais que estão acampadas na praça Sinimbu. “Precisamos de segurança, educação, saúde e segurança no campo, por isso estamos protestando”, disse a coordenadora do Movimento de Libertação dos Sem Terra, Maria da Conceição, conhecida como Deda.
A programação dos grupos segue amanhã, quando estão marcados um café da manhã no presídio feminino, às 7h, e a audiência com o secretário de Defesa Social, coronel Ronaldo, às 15h. Na sexta-feira, as mulheres participam de uma sessão especial na Câmara dos Vereadores, às 9h30.
“É uma oportunidade de discutir os problemas das mulheres e se juntar para combater o maior problema, a violência”, disse o vereador Judson Cabral, que representou a Câmara na passeata.
O Governo e movimentos da sociedade civil organizada também realizaram uma caminhada no Centro de Maceió, para comemorar o Dia da Mulher. A sexta edição da atividade trouxe como tema a “Superando a Invisibilidade da Mulher na Política Alagoana”.
Amanhã, a exposição será lançada às 10h, no Museu da Imagem e do Som, no Jaraguá.