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Polícia manterá ‘linha direta’ com gerentes de bancos

Sistema especial de segurança funcionaria como um botão de alerta silencioso. A polícia quer evitar novos casos de assalto, conhecido por “sapatinho”, onde os gerentes e seus familiares são seqüestrados.

O seqüestro da família da subgerente do Banco do Brasil, no Farol, Maria Albanise Caetano da Silva, ocorrido na última quinta–feira, deve levar a Polícia Militar (PM) a montar um sistema de segurança para evitar assaltos a agências bancárias. A PM quer manter uma linha direta com todos os gerentes e subgerentes de agências bancárias sediadas em Alagoas.

Segundo o responsável pelo Comando de Policiamento da Capital, coronel Marcos Brito, já está sendo agendada para os próximos dias uma reunião entre a cúpula da PM e representantes dos departamentos de segurança dos bancos. “O gerente é um cidadão comum, mas que se torna um alvo em potencial das quadrilhas especializadas por ter acesso aos cofres das agências bancárias”, ressaltou.

Apesar de não revelar detalhes sobre qual o sistema de segurança que pretende implantar, o coronel Brito ressalta que funcionaria semelhante ao botão de alerta que existe hoje nas agências bancárias. “O ideal seria que com um simples toque no botão do celular o gerente denunciasse que estava sendo alvo de um seqüestro ou assalto. Esse contato seria feito direto com o oficial de plantão no Copom (Centro de Operações da PM), que enviaria viaturas até o local para abortar a ação da quadrilha e prender os assaltantes”, explicou o oficial.

Os detalhes e a forma como o sistema de segurança devem funcionar somente serão tratados durante a reunião entre os órgãos da Segurança Pública de Alagoas e os representantes dos bancos. A polícia quer evitar novos casos de assalto, conhecido por “sapatinho”, onde os gerentes e seus familiares são seqüestrados.

Delegados e oficiais da PM ressaltam que não há como a polícia dar segurança a todos os gerentes de bancos que trabalham no Estado. “Não temos o dever de fazer isso. Nossa obrigação da polícia é fazer um policiamento ostensivo para evitar os assaltos e, caso ocorram, fazer a investigação para chegar à prisão dos autores”, explicou o diretor–geral da Polícia Civil, delegado Robervaldo Davino.

Somente aos bancos, diz Davino, caberia oferecer segurança para os seus funcionários. O diretor chegou a citar o exemplo de um banco privado de Minas Gerais que todos os dias utiliza um microônibus para pegar os gerentes e levá–los para as agências bancárias, como forma de evitar assaltos.