O nível de emprego na indústria brasileira caiu pelo quinto mês consecutivo. Os salários também ficaram menores. O número de trabalhadores empregados reduziu-se 1,3% em janeiro em comparação com o mesmo mês do ano passado. Os salários caíram 0,2% igualmente em relação a janeiro de 2005.
O nível de emprego na indústria brasileira caiu pelo quinto mês consecutivo. Os salários também ficaram menores. O número de trabalhadores empregados reduziu-se 1,3% em janeiro em comparação com o mesmo mês do ano passado. Os salários caíram 0,2% igualmente em relação a janeiro de 2005.
As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou relatório nesta sexta-feira.
Na comparação com dezembro de 2005, a situação é melhor: depois de quatro meses seguidos de queda, o valor da folha de pagamento deu um salto de 5,3%. Mas esse aumento só foi suficiente para recuperar a perda acumulada no período.
O nível de emprego de janeiro comparado com dezembro ficou estável (nem ganhou nem perdeu).
A melhora nos salários de janeiro sobre dezembro foi influenciada pelo pagamento de benefícios na indústria extrativa (23,7%), enquanto na indústria de transformação o aumento foi de 3,7%.
Mais desemprego
A principal contribuição para a queda de 1,3% no nível de emprego industrial em relação a janeiro do ano passado veio do Rio Grande do Sul (-9,4%). As demissões superaram as contratações em 12 segmentos, com destaque para calçados e artigos de couro (-23,4%).
Outros impactos negativos vieram da região Nordeste (-3,7%) e Paraná (-3,4%). A principal contribuição positiva veio das regiões Norte e Centro-Oeste (5,0%) em razão de aumentos observados em 12 ramos industriais, com destaque para alimentos e bebidas (14,7%). Em Minas Gerais houve aumento de 2,1%, puxado também pela atividade de alimentos e bebidas (22,7%).
Em todo o país, 12 dos 18 setores industriais apresentaram resultados negativos. As principais pressões vieram de calçados e artigos de couro (-14,7%), máquinas e equipamentos (-9,3%) e madeira (-15,6%).