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Ministro Gomes de Barros concorre a vaga na Academia Brasiliense de Letras

Em 2003, o ministro passou a ocupar a cadeira 18 da Academia Alagoana de Letras, anteriormente ocupada pelo acadêmico Aldo Rubens Flores. Entre seus livros não-jurídicos estão "Glossário Forense – Cansação das Alagoas", uma coleção de poesias, "As Pernas da Cobra", uma coletânea de contos, e o sucesso "Usina Santa Amália.

Além dos seus muitos escritos jurídicos, o ministro Humberto Gomes de Barros, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), também é um grande apreciador da literatura e publica regularmente crônicas e poesias, inclusive em diversos órgãos de imprensa. Agora ele concorre à cadeira número oito da Academia Brasiliense de Letras, antes pertencente a Oscar Dias Corrêa.

Em 2003, o ministro passou a ocupar a cadeira 18 da Academia Alagoana de Letras, anteriormente ocupada pelo acadêmico Aldo Rubens Flores. Entre seus livros não-jurídicos estão "Glossário Forense – Cansação das Alagoas", uma coleção de poesias, "As Pernas da Cobra", uma coletânea de contos, e o sucesso "Usina Santa Amália – A Saga do Coronel Laurentino Gomes de Barros", uma homenagem a seu avô.

A Academia de Letras da terra natal do ministro foi fundada em 1919 com o objetivo de desenvolver a cultura literária em Alagoas, procurando, para a realização dos seus objetivos, adquirir livros, documentos e manuscritos de homens de letras, sobretudo do próprio estado. Em seu acervo se encontram obras de alagoanos renomados na área da literatura, tais como Graciliano Ramos, Jorge de Lima e Lêdo Ivo.

Alagoano de Maceió, o ministro Gomes de Barros está em Brasília desde 1962. Começou advogando na nova capital e, em 1970, ajudou a fundar o Instituto dos Advogados do Distrito Federal. Foi procurador-geral do Distrito Federal por três anos (1985/1988). Entre 1986 e 1987, foi presidente do Colégio Nacional dos Procuradores-Gerais de Estado.

Sua competência jurídica rivaliza com sua paixão pelo cordel, mas a convivência entre ambas parece ser pacífica, afinal ele é referência nas duas áreas: jurídica e cultural. Amante das coisas e da gente do seu estado, em 2003 o ministro, ao chegar à Academia Alagoana de Letras, brincou bem-humorado: "já era vitalício; agora me torno imortal". É esse bom-humor a sua marca registrada. Nos intervalos das sessões de julgamento, é conhecido por escrever cordel. Mas é modesto em se descrever: "Sou um mero arrumador de palavras, quando muito um simples cordelista."

Sua modéstia não parece encontrar eco nas demais pessoas, tanto que essa é a sua segunda indicação a imortal. Sua vocação literária, segundo ele mesmo, é oriunda da cultura que ele e os irmãos receberam dos pais. Em casa, o pai – o político Carlos Gomes de Barros – ensinava três lições: não tirar dez em comportamento (pois menino bem comportado ou está doente ou é mau-caráter), não ser o primeiro da turma (porque quem se mete na disputa pelo primeiro lugar termina cansado e perde toda a imaginação) e não chegar em casa apanhado.

Atualmente, o ministro Humberto Gomes de Barros integra a Terceira Turma e a Segunda Seção do STJ, tribunal que integra desde 1991 e no qual foi eleito o novo ministro diretor da Revista, cargo que assume em abril. Membro do Tribunal Superior Eleitoral, exerce o cargo de corregedor-geral eleitoral.

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