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P-SOL lança campanha pelo fim do voto secreto no Congresso Nacional

Desta vez, ao invés de assinar em uma lista de papel, o eleitor assina em um lençol branco que tem no centro uma bandeira do Brasil e os dizeres "fim do voto secreto já".

Os parlamentares do P-SOL (Partido do Socialismo e da Liberdade) lançam na próxima terça-feira, no Congresso Nacional, a campanha "Quero saber como meu representante vota". Desde sexta-feira (24), os deputados do partido estão recolhendo assinaturas, em lençóis, de eleitores em vários estados pelo fim do voto secreto nas votações no Congresso Nacional. No Distrito Federal, a deputada Maria José Maninha, do P-SOL, já recolheu em torno de seis mil assinaturas pelo fim do voto secreto.

Desta vez, ao invés de assinar em uma lista de papel, o eleitor assina em um lençol branco que tem no centro uma bandeira do Brasil e os dizeres "fim do voto secreto já". Esses lençóis assinados serão estendidos em frente à rampa do Congresso, às 15h30, pelos parlamentares e militantes do partido. Da rampa, os lençóis serão levados ao Salão Verde da Câmara para serem entregues ao presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Também no mesmo horário será lançada a Frente Parlamentar pelo Fim do Voto Secreto.

Os seis deputados do P-SOL, entre outros parlamentares, têm defendido o fim do voto secreto nos processos de cassações de deputados. O apelo para mudança no sistema vem desde que a Câmara começou a votar as representações contra parlamentares acusados de envolvimento no chamado "mensalão" (pagamento de mesadas a parlamentares em troca de apoio ao governo).

O grupo do P-SOL tem usado a tribuna da Câmara para atacar o voto secreto, argumentando que essa modalidade de votação está permitindo que "acordões sejam articulados e levados a termo", afirma a deputada Maninha (Psol-DF). Segundo ela, engana-se quem acha que o povo não está vendo o que acontece nos bastidores do Congresso nessas votações.

"O povo não é bobo. O povo quer saber como cada deputado vota e quer a punição dos corruptos. Toda essa lama tem que ser passada a limpo", disse a deputada, em entrevista à Agência Brasil na manhã deste domingo.