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Escuta telefônica derruba prefeita de Rio Largo

A escuta telefônica montada com autorização da Justiça, logo após o incêndio que destruiu documentos da Secretaria de Finanças da Prefeitura de Rio Largo, “derrubou” a prefeita Vânia Paiva e o marido dela, Ricardo Schavuzi.

A escuta telefônica montada com autorização da Justiça, logo após o incêndio que destruiu documentos da Secretaria de Finanças da Prefeitura de Rio Largo, “derrubou” a prefeita Vânia Paiva e o marido dela, Ricardo Schavuzi. O trabalho paciente do delegado Marcílio Barenco levou à elucidação do crime que tinha tudo para ficar insolúvel se não fosse o profissionalismo do delegado.

Barenco desconfiou do incêndio e ao comprovar ter sido criminoso, suas suspeitas aumentaram. A princípio, a suspeita ficou com a prefeita Maria Eliza – ela perdeu a eleição para Vânia Paiva, que era a sua vice. O sinistro criminoso foi um dia após a eleição municipal passada, ou seja, no dia 4 de outubro de 2004, o que colocava a ex-prefeita como principal interessada na destruição dos documentos.

Telefones

Na condição de vice-prefeita, Vânia brigou com a prefeita Eliza e tentou várias vezes assumir o cargo de titular. Vânia chegou a assumir o cargo por cinco vezes, mediante ordem judicial. Foi a partir daí que o delegado Marcílio Barenco começou a sua investigação; com a quebra do sigilo telefônico e as escutas montadas nos telefones de Vânia e do marido dela, o delegado chegou aos responsáveis pelo incêndio criminoso.

A prefeita de Rio Largo e o marido conversaram várias vezes com o vereador Júnior Pagão e outra pessoa conhecida como “Dema”, apontados no inquérito policial como autores materiais do incêndio. Nos telefonemas, Júnior Pagão contava os detalhes do plano e comentava como fez para atear fogo à papelada da Secretaria de Finanças.

Diante das provas, o delegado Marcílio Barenco decidiu pedir a decretação da prisão preventiva da prefeita e do marido – Júnior Pagão teve a prisão preventiva decretada e está foragido; e “Dema” já está preso. Embora os quatro neguem a acusação, o delegado Barenco garante não ter dúvida de que são os responsáveis pelo incêndio criminoso. O Tribunal de Juystiça decide na próxima semana se decreta a prisão da prefeita e do marido.