O Cruzeiro conseguiu cumprir a sua obrigação, de acordo com o pensamento dos dirigentes do clube, os irmãos Alvimar e Zezé Perrella, e se tornou o campeão mineiro deste ano. O time celeste conseguiu reverter a vantagem do Ipatinga, que jogava pelo empate, derrotando-o no campo do adversário, por 1 a 0, neste domingo.
O Cruzeiro conseguiu cumprir a sua obrigação, de acordo com o pensamento dos dirigentes do clube, os irmãos Alvimar e Zezé Perrella, e se tornou o campeão mineiro deste ano. O time celeste conseguiu reverter a vantagem do Ipatinga, que jogava pelo empate, derrotando-o no campo do adversário, por 1 a 0, neste domingo.
Apesar de distante de Belo Horizonte, a comemoração cruzeirense teve torcida por perto, já que um pouco mais da metade do Ipatingão foi formada por torcedores celestes. Muitos vieram de Belo Horizonte, por ônibus, em animadas caravanas, enquanto vários outros são moradores de Ipatinga e de cidades da região, como Timóteo, Coronel Fabriciano e Governador Valadares.
Foi o 33º terceiro título mineiro do Cruzeiro, que conseguiu evitar o desgaste de tropeçar duas vezes seguida, na decisão, diante do seu parceiro. Há algumas semanas, Alvimar e Zezé Perrella disseram, em seguidas entrevistas, que pelo elevando investimento na montagem do time, o clube celeste tinha a obrigação de conquistar o título. As declarações geraram polêmica com Paulo César Gusmão e alguns jogadores, que, no entanto, conseguiram dar a volta por cima e soltaram o grito de campeão.
O Ipatinga, por sua vez, que ostentava uma longa invencibilidade, perdeu na hora errada. O Tigre não era derrotado desde o dia 22 de outubro de 2005, quando levou de 2 x 1 do América, em Natal, pela Série C do Brasileiro. Em casa, estava invicto há mais de um ano, pois não perdia no Ipatingão, desde 9 de março, quando foi batido pelo mesmo Cruzeiro por 3 x 0, pela Copa do Brasil.
Azarão, no ano passado, e favorito este ano, o Ipatinga foi vítima, mais uma vez, do que o meia Walter Minhoca definiu como "síndrome do Ipatingão", traduzido por ele, como uma enorme dificuldade de jogar em momentos decisivos e com o estádio lotado. Ataque mais positivo da competição, com 27 gols, o setor ofensivo do Tigre não funcionou, quando a equipe mais precisou.
Já a defesa cruzeirense, a melhor do campeonato – menos vazada do Campeonato, com apenas oito gols sofridos -, deu conta do recado. Segurou a vitória, conseguida com um gol marcado por Wagner, aos 45min do primeiro tempo. O sistema defensivo da Raposa soube suportar a pressão do Ipatinga, em toda a etapa final. Contou ainda com a sorte, aos 37min, quando Diego Silva chutou a bola na trave.