A coordenadora regional do Programa Nacional de Imunização (PNI), Leila de Araújo Moraes, garante que todos os 165 postos espalhados pelo Estado já receberam as doses e estarão aptos a atender a população.
O Estado começa hoje a imunização de cerca de 30 mil crianças de até seis meses de idade contra o rotavírus. A vacina (que recebeu o mesmo nome da doença) foi incluída recentemente no calendário nacional. A coordenadora regional do Programa Nacional de Imunização (PNI), Leila de Araújo Moraes, garante que todos os 165 postos espalhados pelo Estado já receberam as doses e estarão aptos a atender a população.
O Ministério da Saúde começou a distribuir as doses da vacina em janeiro, mas os técnicos da secretaria passaram por um processo de capacitação, antes de começar a imunização. De acordo com Leila de Araújo, o limite de aplicação da rotavírus, até os seis meses de idade, deve–se à maior incidência de casos de mortalidade infantil nesta faixa etária.
“O laboratório responsável pela fabricação das doses estabeleceu que as crianças devem receber a primeira dose da vacina entre um mês de 15 dias de vida, até os três meses e sete dias”, explica. Ainda conforme explicações da coordenadora, a segunda dose deve ser aplicada entre os três meses e sete dias até os cinco meses e 15 dias de vida. Segundo Leila, estes prazos foram estabelecidos pelo laboratório para garantir a eficácia da vacina.
O Brasil é o primeiro país a oferecer a vacina na rede pública. Segundo dados do governo federal, o rotavírus é responsável por pelo menos 4 mil mortes no país e aproximadamente 40 mil internações anuais.
A infecção pelo rotavírus varia de um quadro leve, com diarréia aquosa e duração limitada a quadros graves com desidratação, febre e vômitos, podendo evoluir a óbito. Praticamente todas as crianças se infectam nos primeiros 3 a 5 anos de vida, mesmo nos países em desenvolvimento, mas os casos graves ocorrem principalmente na faixa etária de 3 a 35 meses. No Brasil, os dados relativos à incidência são bastante limitados.
Os rotavírus são isolados em alta concentração em fezes de crianças infectadas e são transmitidos pela via fecal–oral, por contato pessoa a pessoa.
A doença começou a ser estudada na década de 80, nos Estados Unidos, mas a aplicação da vacina, na época, passou por várias deficiências quanto à sua aplicação. A vacina que começa a ser disponibilizada nos postos de saúde a partir dessa semana, é importada e não tem contra–indica ções.
A coordenadora Leila de Araújo Moraes explica que, apenas para garantir a eficácia da aplicação da vacina, as crianças com diarréia, vômito e problemas gastrointestinais devem receber a vacina só depois de superado o quadro doentio.