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Procuradores do Estado paralisam atividades

A decisão, tomada ontem à tarde, é em conseqüência do que os procuradores consideram “desrespeito do governo do Estado” para com eles. Isso porque dois compromissos assumidos pelo governo não foram cumpridos, um ainda no ano passado, pelo ex-governador Ronaldo Lessa, e outro, semana passada, pelo atual governador, Luís Abílio.

Os Procuradores de Estado de Alagoas decidiram, em assembléia, fazer paralisação de 48 horas, com indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 17 de abril. Com isso, a partir de meio-dia de hoje, horário de início de expediente, a categoria não apenas vai parar as atividades como impedir a abertura do setor de protocolo, evitando a tramitação de qualquer processo no órgão.

A decisão, tomada ontem à tarde, é em conseqüência do que os procuradores consideram “desrespeito do governo do Estado” para com eles. Isso porque dois compromissos assumidos pelo governo não foram cumpridos, um ainda no ano passado, pelo ex-governador Ronaldo Lessa, e outro, semana passada, pelo atual governador, Luís Abílio.

No segundo semestre do ano passado, os Procuradores de Estado estavam há três anos sem reposição salarial, pleitearam um reajuste e aceitaram um aumento de 7%, com a condição de que este ano, quando o governador reajustasse seus subsídios, seria concedido, então, o reajuste.

Na véspera de assumir o governo, Luís Abílio convidou o Procurador Geral do Estado, Wilson Protásio, para uma reunião, na qual autorizou o envio de projeto de lei para a Assembléia Legislativa propondo um reajuste salarial nas condições prometidas pelo ex-governador Ronaldo Lessa.

O projeto foi preparado, mas na terça-feira os Procuradores de Estado foram surpreendidos com a informação de que o mesmo não constava da pauta de votação da Assembléia Legislativa, por não ter sido enviado pelo governo.

Nem mesmo a interferência do presidente da ALE, deputado Celso Luiz, fez o governador Luís Abílio mudar de opinião. O governador admitiu até cumprir o prometido em outra ocasião dos seus nove meses de gestão, mas não agora.

Em função disso, os Procuradores de Estado decidiram, de forma inédita para a categoria, fazer uma paralisação de advertência, com o indicativo de greve para o dia 17 de abril, caso não seja encontrada uma solução para o impasse.

Nos dias 10, 11 e 12 (nos dias 13 e 14 não haverá expediente, por causa da Semana Santa) a categoria dará uma trégua, embora dando atuando apenas em casos que exijam urgência.