Categorias: Artigos

Secretário apresenta resultados da Reunião de Pavimentação Urbana

O saldo da 13ª Reunião de Pavimentação Urbana, encerrada na última sexta-feira (07 de abril) no Centro de Convenções e realizada pela Prefeitura Municipal de Maceió, teve a participação de profissionais de quase todos os estados da federação discutindo novas técnicas, que passarão a fazer parte dos projetos e obras de pavimentação a partir de agora.

O saldo da 13ª Reunião de Pavimentação Urbana, encerrada na última sexta-feira (07 de abril) no Centro de Convenções e realizada pela Prefeitura Municipal de Maceió, foi extremamente positivo. Estiveram presentes profissionais de quase todos os estados da federação discutindo novas técnicas, que passarão a fazer parte dos projetos e obras de pavimentação a partir de agora. Tivemos cerca de 500 inscrições.

Além disso, uma unanimidade dos nossos visitantes, que já conheciam Maceió: a cidade está mais limpa, bonita e muito bem administrada. Esta imagem que os participantes levam de nossa capital é muito importante para o nosso marketing turístico.

Durante os debates realizados alguns pontos mereceram destaque:

1º) Quando um pavimento é projetado, construído e entregue à população, deve continuar merecendo a atenção por parte do órgão responsável, ao longo de sua vida de serviço. É como se fosse um paciente, que precisa ir ao médico periodicamente para fazer um check up e se tratar de algum mal. Todo pavimento necessita de uma avaliação periódica, depois um diagnóstico para, por fim, ser formulada a concepção da solução a ser adotada. Quando isto ocorre, a vida do pavimento é aumentada e se reduz o desperdício de dinheiro público;

2º) Estamos atrasados no Brasil, não de tecnologia, mas sim, de mentalidade. É preciso que os nossos administradores passem a aplicar em nossos pavimentos urbanos o tratamento correto no tempo correto. Caso contrário, o volume de recursos públicos necessários para garantir os mesmos níveis de conforto e segurança passam a ser duas, três, quatro ou cinco vezes maior;

3º) Os órgãos representativos como o CREA, Sindicatos de Engenharia estão omissos. Não deveriam permitir a indicação de profissionais de outras áreas para ocupar funções, que devem ser exercidas por engenheiros;

4º) Em alguns municípios, falta um melhor planejamento e continuidade das ações. Sempre que há mudança de governo, às vezes, o sucessor não aproveita aquilo que foi deixado pela administração anterior. Isto prejudica a eficácia dos serviços necessários aos pavimentos;

5º) Os professores de ensino superior, responsáveis pela disciplina de pavimentação, estão se isolando nas escolas e universidades. Não têm a experiência de campo necessária para passar aos seus alunos o conhecimento que necessitam para o exercício da profissão. Dessa maneira, a formação escolar fica prejudicada e diminui o nível de qualificação dos profissionais, que passam a atuar em pavimentação quando concluem seus cursos universitários;

6º) Vem ocorrendo, ao longo dos últimos anos, um apodrecimento da estrutura governamental no setor rodoviário;

7º) Os recursos disponíveis na CIDE – Contribuição de Intervenção Sobre o Domínio Econômico, criada por lei para garantir a aplicação constante de dinheiro nos pavimentos, não têm recebido a destinação correta;

8º) Há necessidade de estabelecimento de planos de cargo e salário funcional para aproveitar a experiência acumulada do pessoal atuante, possibilitando a eles atingirem a chefia mais graduada da administração pública, de modo que esses cargos fiquem menos vulneráveis a ingerências políticas;

9º) É imprescindível o reaparelhamento humano e de equipamentos dos órgãos técnicos responsáveis pelas pesquisas tecnológicas e de universidades necessárias ao desenvolvimento da qualidade da infra-estrutura rodoviária;

10º) Os recursos destinados para as obras de infra-estrutura, já contratadas, não devem receber correções dos legislativos, quando da aprovação do orçamento anual;

11º) O legislativo deve sim, aprovar os planos de obra quadrienais, e, em função desses planos, o executivo definirá o cronograma de recursos para a execução;

12º) A mutilação de recursos principalmente em obras contratadas, em que a iniciativa privada investiu em pessoal, equipamentos e instalações industriais e acampamentos, é o principal motivo dos reclamos da ação do estado nas suas responsabilidades com a sociedade.

EDINALDO AFONSO MARQUES DE MÉLO -Superintendente da SMCCU, Engenheiro Civil, Professor da UFAL, Mestre em Administração, Consultor em Gestão de Pessoas, de Processos e na Formação de Líderes

Recentes