Suzane Von Richthofen está presa novamente, após 9 meses e 10 dias de liberdade. Ela se entregou à polícia após o juiz substituto da 1ª Vara do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini, ter decretado, nesta segunda-feira (10/4), sua prisão preventiva. Suzane, ré confessa pelo assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, se entregou no início da noite no 89° DP (Portal do Morumbi), segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo).
Suzane Von Richthofen está presa novamente, após 9 meses e 10 dias de liberdade. Ela se entregou à polícia após o juiz substituto da 1ª Vara do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini, ter decretado, nesta segunda-feira (10/4), sua prisão preventiva. Suzane, ré confessa pelo assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, se entregou no início da noite no 89° DP (Portal do Morumbi), segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo).
Uma equipe do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) já estava a caminho do local onde ela vive para efetuar a prisão, mas ela teria decidido se entregar ao saber da preventiva.
Segundo a assessoria de imprensa da SSP-SP, Suzane deve fazer exame de corpo de delito no IML-Sul (Instituito Médico Legal da região Sul da capital), e não deve passar a noite no 89° DP, porque o local é destinados a presos com curso superior.
Ainda segundo a SSP-SP, como uma transferência para uma unidade administrada pela Secretaria da Administração Penitenciária só poderá ocorrer na manhã desta terça e como o DHPP não dispõe de carceragem, é possível que ela passe a noite no 97° DP (Americanópolis).
O pedido foi feito à Justiça pelo promotor do caso, Roberto Tardelli, e a prisão foi decretada um dia após as entrevistas concedidas por ela à revista Veja e ao programa Fantástico, da TV Globo. A reportagem exibida na noite de domingo procurou mostrar o que seria uma "farsa" montada pela defesa de Suzane. A emissora exibiu trechos de gravações em que os advogados a orientavam a chorar.
Os advogados de Suzane, Mário Sérgio de Oliveira e Denivaldo Barni Júnior, estão sob a mira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O presidente da seccional paulista da Ordem, Luiz Flávio Borges D’Urso, informou há pouco, por meio de nota, que vai instaurar uma comissão de sindicância para apurar eventuais desrespeitos aos princípios éticos da Ordem pelos advogados. A OAB informou ainda que Oliveira deverá ser afastado do Tribunal de Ética da Ordem, do qual faz parte.
No início da tarde, o presidente do Conselho Federal da OAB, Roberto Busato, havia afirmado que o comportamento dos advogados de Suzane Richthofen durante entrevista no programa Fantástico, exibido pela TV Globo, instruindo sua cliente a mentir, “contraria os princípios éticos da advocacia”.
De acordo com ele, Oliveira, constituído por Suzane, e Barni Júnior, que além de advogado é tutor da moça, devem ser punidos. Para Busato, a punição cabe à seccional da Ordem onde estão inscritos os advogados.
Suzane é ré confessa de planejar e participar do assassinato dos seus pais, Marísia e Manfred von Richthofen, em 31 de outubro de 2002, em São Paulo. Suzane, seu então namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian, irão a júri no diz 5 de junho por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas), além de fraude processual, por terem alterado a cena do crime para tentar simular latrocínio (roubo seguido de morte).
A moça está em liberdade desde 30 de junho de 2005, após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) ter concedido habeas corpus, na véspera, determinando que ela fosse solta. Os ministros da 6ª Turma do tribunal entenderam que não havia motivo para a manutenção da preventiva, que se sustentava em "clamor público". A preventiva deve ser decretada quando o réu, em liberdade, puder fugir, voltar a cometer o mesmo ou outro crime ou figurar como ameaça ao andamento do processo. No dia 8 de novembro, o STJ extendeu a liberdade aos irmãos Cravinhos, que estavam presos em Iperó (interior de SP).