As palavras do assessor especial da Secretaria de Direitos Humanos, Omar Klinch, que também é diretor do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, estão relacionadas à impunidade dos assassinos do vereador Renildo dos Santos, crime ocorrido há 13 anos.
As palavras do assessor especial da Secretaria de Direitos Humanos, Omar Klinch, que também é diretor do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, estão relacionadas à impunidade dos assassinos do vereador Renildo dos Santos, crime ocorrido há 13 anos.
Por ser cometido com requintes de crueldade, o crime teve grande repercussão internacional e o representante da Secretaria Especial de Direitos Humanos veio a Maceió fazer um relatório sobre o julgamento, que posteriormente seria enviado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos e às Nações Unidas.
“O crime ocorreu há 13 anos e ninguém foi punido. Por conta de ações desse tipo, na qual há perseguição e ameaças a pessoas que trabalham pela implementação dos direitos humanos, foi desenvolvido o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos”, explica Omar Klinch.
O programa foi implementado primeiramente no Pará, onde há cerca de 120 pessoas ameaçadas, e em Pernambuco e Espírito Santo. “Ao todo protegemos e investigamos cerca de 600 casos. O projeto é aprovado pelas Nações Unidas e logo será mais difundido”, afirmou.
Em Alagoas, o programa deverá iniciar os trabalhos no próximo ano, já que está em fase de levantamento de pessoas que estão sendo perseguidas e ameaçadas.
Nesta tarde, quando estava previsto o início do julgamento dos acusados pelo assassinato de Renildo dos Santos, também estavam presentes integrantes de movimentos homossexuais vindos de todo o Estado e até de Recife. “O Grupo Gay de Alagoas existe há dez anos e desde o início pedimos Justiça para esse caso. Hoje viemos fazer pressão para que o júri se sensibilize e condene os acusados”, disse o presidente do GGAL, José Carlos Merthém.
O presidente do GGAL ainda lembrou que há cerca de duas semanas um cabeleireiro homossexual foi assassinado e outro caso recente é o de Marciel Cruz, de Coruripe, no início deste ano.