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MST decide amanhã se desocupa fazenda em Atalaia

Na próxima segunda-feira, termina o prazo dado pelo juiz Galdino Amorim para o cumprimento do mandado de reintegração de posse da fazenda Estrela, em Atalaia. Cerca de duas mil famílias estão no local e, caso as famílias não saiam de forma pacífica, a PM deverá agir na terça-feira, já que segunda é feriado.

Elaine Rodrigues

Reunião forma comissão para atuar em Atalaia

Está marcada para esta sexta-feira, às 10h, uma nova reunião para definir se a saída dos agricultores rurais, que ocupam a fazenda Estrela, do município de Atalaia, será de forma pacífica.

Cerca de duas mil famílias estão no local desde o último sábado, depois de uma semana marcada por protestos e manifestações contra a violência no campo. Em Atalaia, os integrantes do Movimento Sem Terra (MST) ainda fizeram atos para cobrar investigações no assassinato do líder sem-terra, Jaelson Melquíades dos Santos, morto em novembro do ano passado.

Nesta tarde, representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do MST, Instituto de Terras de Alagoas, Secretaria de Direitos Humanos, Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar e ouvidoria regional agrária se reuniram para discutir um modo pacífico de retirar as famílias do local.

“Ficou acertado que nós formaremos uma comissão para conversar com eles, já que eles querem discutir novas pautas. A comissão foi formada por representantes dos órgãos que participaram da reunião mais integrantes da CUT”, disse o coronel Adílson, do Centro de Gerenciamento de Crises da PM.

Na próxima segunda-feira, termina o prazo dado pelo juiz Galdino Amorim para o cumprimento do mandado de reintegração de posse aos proprietários. Caso as famílias não saiam de forma pacífica, a PM deverá agir na terça-feira, já que segunda é feriado.

“Nosso objetivo é conversar e agir em prol da reforma agrária. Então a proposta é resolver lá, com as famílias”, disse o coordenador do movimento, José Roberto.

José Roberto ainda explicou que a ocupação foi feita em forma de protesto à lentidão dos processos de terras da Usina Ouricuri e à exploração do trabalhador rural.