O primeiro Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) vai oferecer aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) assistência em oncologia clínica, quimioterapia, radioterapia (incluindo braquiterapia) e cirurgia oncológica.
Paciente com câncer terá tratamento no HU
O primeiro Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), instalado em um hospital público de Alagoas, na Ufal, entrará em funcionamento no final de maio. Trata-se de um centro completo construído no HU que enfocará desde a prevenção do câncer até o tratamento, com ênfase no diagnóstico precoce.
O Cacon vai oferecer aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) assistência em oncologia clínica, quimioterapia, radioterapia (incluindo braquiterapia) e cirurgia oncológica.
No primeiro momento, segundo explica o médico radioterapeuta Wilson Braga, serão atendidos, em média, por dia, setenta pacientes. “O Cacon do hospital universitário vai atender exclusivamente usuários do SUS”, esclarece Braga.
O acelerador linear, equipamento já instalado no HU, foi adquirido pelo ministério da saúde e está avaliado em 600 mil dólares, vem passando por checagem diárias com objetivo de manter o controle de qualidade.
De acordo com o físico Rodrigo Migotto, a instalação física e mecânica do acelerador linear oferece garantia tanto para os profissionais como para pacientes que serão submetidos ao tratamento. “Estamos obedecendo todas as normas estabelecidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cenen)”.
Para garantir o atendimento ambulatorial, com exames e consultas, a Universidade Federal de Alagoas firmou convênio com a Secretaria Executiva de Saúde, Uncisal, Secrtaria Municipal de Saúde. Com o ajuste de parceria, serão remanejados quarenta profissionais entre pessoal de apoio administrativo e técnicos de nível superior.
Hoje, em Alagoas, somente a Santa Casa de Misericórdia oferece a radioterapia, mas todos os pacientes que precisam de braquiterapia, a exemplo das mulheres portadoras de câncer de colo de útero, são encaminhadas para a cidade do Recife, porque em Alagoas ainda não está disponível esse tipo de tratamento.
A implantação do Cacon no Hospital Universitário, o mais moderno do Nordeste, consumiu recursos da ordem de R$ 8 milhões, sendo R$ 5 milhões em equipamentos, e R$ 3 milhões na construção da estrutura física.