A Câmara de Vereadores de Maceió se reúne – na manhã de hoje – em sessão extraordinária, para debater o abuso sexual infantil em Alagoas. De acordo com o propositor da sessão, vereador Judson Cabral (PT), esta “é uma atitude antiga da Vasa, que sempre debateu a questão e buscou alternativas para diminuir o quadro da violência e do abuso contra crianças em adolescentes no nosso Estado”.
A Câmara de Vereadores de Maceió se reúne – na manhã de hoje – em sessão extraordinária, para debater o abuso sexual infantil em Alagoas. De acordo com o propositor da sessão, vereador Judson Cabral (PT), esta “é uma atitude antiga da Vasa, que sempre debateu a questão e buscou alternativas para diminuir o quadro da violência e do abuso contra crianças em adolescentes no nosso Estado”.
Apesar do caráter subjetivo das discussões, Cabral defende que em uma sessão aberta ao público e aos vários setores da sociedade civil organizada é possível traçar propostas e projetos que contribuam para a diminuição dos índices de abuso sexual infantil. “Uma das idéias que serão debatidas, por exemplo, é a possibilidade de cadastrar os taxistas que atuam na rede hoteleira para tentar coibir o turismo sexual infantil, que é uma preocupação das entidades responsáveis”, declarou.
A sessão reunirá membros do Ministério do Trabalho e diversas instituições sociais, entre elas o Projeto Sentinela, representado na Câmara dos Vereadores por Érica Patrícia. Segundo ela, o Sentinela registra em média cem casos de abuso sexual infantil por mês. A grande maioria ocorre dentro das residências das crianças e é denominado “intra-familiar”. “São os casos que mais registramos, mas é difícil saber se é o que mais acontece, pois a exploração com fins comerciais e a extra-familiar é mais difícil de ser denunciada”.
O Projeto Sentinela trabalha com encaminhamento psicológico e social das crianças. “Nós recebemos crianças de um a 15 anos de idade vítimas deste tipo de violência. Temos uma preocupação especial com o turismo sexual infantil, por isto este projeto de cadastramento pode ser importante, se realmente for debatido”, avaliou Érica Patrícia.
“Esperamos que a Câmara dos Vereadores nos dê um apoio concreto, pois temos encontrado dificuldade no diálogo com as autoridades policiais. A ação do Poder Legislativo seria uma retaguarda importante na luta contra o abuso sexual”, finalizou.