A expansão do mercado mundial de açúcar e álcool tem estimulado o aumento do investimento no setor em todo o País. A conclusão é de um estudo sobre o setor sucroalcooleiro no Nordeste, que acaba de ser elaborado pelo Banco do Nordeste, por meio do Escritório Técnico de Estudos Econômico do Nordeste (Etene).
A expansão do mercado mundial de açúcar e álcool tem estimulado o aumento do investimento no setor em todo o País. A conclusão é de um estudo sobre o setor sucroalcooleiro no Nordeste, que acaba de ser elaborado pelo Banco do Nordeste, por meio do Escritório Técnico de Estudos Econômico do Nordeste (Etene). A pesquisa tem a autoria dos consultores do Etene, José Ailton Nogueira Santos, Antônio Marcos dos Santos e Fátima Vidal.
Atualmente, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de cana-de-açúcar, açúcar e álcool, exercendo forte influência na determinação dos preços internacionais do açúcar. O setor possui grande importância econômica, social e ambiental por ser uma das principais atividades geradoras de ocupação no meio rural, com geração de divisas e produção de energia renovável e limpa.
Para o coordenador da pesquisa, José Ailton Nogueira Santos, “a condenação da prática de subsídios para o açúcar na União Européia (EU) pela Organização Mundial do Comércio (OMC) é muito favorável às exportações brasileiras em que o açúcar é altamente competitivo no mercado internacional. A perspectiva é de demanda crescente por álcool combustível. No mercado interno, impulsionada pela aceitação dos carros bicombustíveis e no mercado externo pela necessidade de diversificação da matriz energética por força da exaustão dos combustíveis fósseis”, avalia.
“O Nordeste só perde em competitividade para o Centro-Sul, pois, as condições edafoclimáticas nordestinas implicam em custos de produção mais elevados. No entanto, o álcool e o açúcar produzidos no Nordeste são altamente competitivos no mercado mundial”, afirma a consultor Antônio Marcos dos Santos.
Na Zona da Mata Nordestina, o crescimento do setor sucroalcooleiro dependerá do aumento dos níveis de produtividade, da redução das perdas no campo e na agroindústria, da ampliação da área irrigada e da reocupação de áreas de agroindústrias desativadas. No Semi-Árido, a expansão da área só é possível por meio da prática da irrigação plena. A expansão de área está ocorrendo nas novas fronteiras agrícolas (Maranhão, Piauí e Oeste da Bahia).
O estudo revela que o álcool é um produto de elevado valor em termos de sustentabilidade ambiental e por isso, possui grande potencial de comercialização de crédito de carbono. Cada litro de álcool reduz cerca de 2,6 kg de emissão de CO2.
A co-geração de energia no Brasil a partir do bagaço da cana-de-açúcar foi impulsionada pela crise energética. O bagaço de cana representa 2,25% na matriz de energia elétrica do País e sua importância está relacionada ao período de oferta que coincide com a época de maior consumo.
O Brasil é o único país do mundo que domina todos os estágios da tecnologia de produção. É pioneiro no desenvolvimento de veículos movidos a álcool e na produção desse combustível a partir da cana-de-açúcar. A tecnologia do carro bi-combustível é totalmente nacional.