José Arnaldo Gama da Silva é o terceiro funcionário do Circo Charles morto a tiros em pouco mais de três meses. O homicídio ocorreu no bairro do Canaã, onde o circo se encontra instalado. De acordo com outros funcionários – que estão trabalhando com medo – ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Emergência Armando Lages, mas não resistiu aos ferimentos.
José Arnaldo Gama da Silva é o terceiro funcionário do Circo Charles morto a tiros em pouco mais de três meses. O homicídio ocorreu no bairro do Canaã, onde o circo se encontra instalado. De acordo com outros funcionários – que estão trabalhando com medo – ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Emergência Armando Lages, mas não resistiu aos ferimentos.
O primeiro a morrer foi o proprietário e palhaço do circo, Gilvan da Costa Charles, o circense Charles. Ele foi morto a tiros depois de terminar o espetáculo há três meses. Há 15 dias, o irmão dele, Luciano da Costa Alves, – que também trabalhava no circo – foi executado com vários tiros em circunstâncias estranhas. Nos dois casos, o inquérito ainda se encontra em aberto.
Na madrugada de ontem, foi à vez de José Arnaldo Gama, que exercia a função de segurança do Circo Charles, ser executado. O pai de Charles, Cecílio Rodrigues Alves, disse que a família está com medo porque não sabe ao certo de onde está partindo os atentados. Ele acredita – pelas estranhas coincidências – que seja algo direcionado, mas que não sabe a quem atribuir.
“Pode ser sim o mesmo grupo. É muita coincidência as tragédias que estão acontecendo. O pior é que sinto falta de apuração. Neste último caso fui ao 4° Distrito Policial, que seria a delegacia responsável, não tinha carro, nem policial. Acredito que meus filhos não possuíam inimigos, nem ninguém do circo andou recebendo ameaças”, colocou o Rodrigues.
Segundo o pai dos dois circenses mortos, ainda há mais um filho – que ele não quis revelar o nome – que trabalha no mundo do circo. “Ele está pensando em desistir. A gente trabalha honestamente e busca a sobrevivência, mas não dá para ficar correndo risco, ainda mais do jeito que Alagoas se encontra. Cadê a segurança pública deste Estado?”, indaga Rodrigues Alves.
Rodrigues Alves disse que estaria viajando para Brasília para tentar pedir proteção à “alguma autoridade”. “É o jeito. Eu vou viajar esta semana e ninguém vai me impedir. Não posso ver minha família e meus funcionários mortos e deixar por isto mesmo”, conclui.
O Alagoas 24 Horas conseguiu contato com a equipe chefiada pelo delegado do 4° Distrito Policial, Renivaldo Batista. De acordo com os policiais, José Arnaldo foi morto enquanto trabalhava. Um homem não identificado o abordou na portaria do circo e deu um tiro em seu tórax. Os policiais dizem não saber o motivo do crime. As investigações do caso não descartam que o homicídio esteja ligado as duas outras mortes.