Está depondo no 1° Distrito Policial, no bairro da Levada, José Euclides dos Santos, 42 anos, que estava junto com o presidente do Movimento Pró-camelô, Sandro Gomes, no momento em que foi assassinado, na última quinta-feira, no Centro de Maceió.
Está depondo no 1° Distrito Policial, no bairro da Levada, José Euclides dos Santos, 42 anos, que estava junto com o presidente do Movimento Pró-camelô, Sandro Gomes, no momento em que foi assassinado, na última quinta-feira no Centro de Maceió.
José Euclides é a segunda pessoa que está sendo ouvida pelo delegado Ivanildo Inácio. Segundo o delegado, a primeira pessoa a ser ouvida foi o atual presidente da associação dos camelôs, José Laerson de Lyra, 32, que é acusado pela família de ser o mandante do assassinato.
O delegado informou que em seu depoimento Laerson foi muito consistente. “Ele informou que no momento do assassinato estava no restaurante Prato Feito, na Rua das Árvores, com sua filha e um amigo, conhecido como Miguel Neto.
No depoimento, Laerson afirmou que soube do assassinato de Sandro por meio do telefonema de uma senhora, identificada como Maria Mariano. Ao saber do crime, Laerson teria ligado para seu advogado, Gustavo Eugênio da Silva, que o orientou a se resguardar. “Ele disse que o próprio advogado o pegou e levou para a própria casa onde ele ficaria seguro”, completou o delegado.
Após o depoimento de José Euclides, que chegou a ser atingido com um tiro no braço esquerdo no momento do assassinato de Sandro, o delegado vai ouvir a viúva de Sandro Gomes. “O crime tem características de ser motivado por vingança. Além destas pessoas, vamos ouvir outras testemunhas, mas preferimos manter os nomes em sigilo para evitar que novos assassinatos venham a ocorrer”, afirmou o delegado.
Em seu depoimento ao delegado Ivanildo Inácio, Laerson Lira afirmou que estava no restaurante Prato Feito, na Rua das Árvores, por volta das 13h50, acompanhado de sua filha e de um locutor que atua no comércio identificado como Severino Miguel, o Miguel Neto, quando foi informado por uma vendedora ambulante- Maria Mariano- que haviam matado Sandro Gomes e mais dois camelôs- mais tarde o mal-entendido foi desfeito com a informação de um acidente próximo ao local do crime.
Informado sobre o assassinato, Laerson afirmou que pediu para Miguel Neto levar sua filha para casa e logo depois entrou em contato com o seu advogado, Gustavo Silva, ele o pegou no restaurante e levou para a sua residência, com o objetivo, segundo Lareson, de garantir a sua segurança.
Laerson afirmou, ainda, que conhecia Sandro desde 1999, quando ele passou a se envolver com o movimento Pró-Camelô e ele presidia a Associação dos Camelôs em Maceió.
Lira nega veementemente sua participação no crime e diz não ter motivos para querer a morte de Sandro Gomes.
Em seu depoimento ao delegado Ivanildo Inácio, Euclides dos Santos, afirmou que Sandro Gomes era um bom homem, que havia se tornado camelô após deixar o emprego na Prafeitura de Maceió.
Euclides declarou, ainda, que devido à transferência dos camelôs para a Praça dos Palmares, Sandro havia criado algumas inimizades entre os camelôs e os comerciantes instalados na região.
A testemunha afirmou, também, que no dia do crime estava almoçando com Sandro Gomes quando um homem- que ele não conhece- chegou por trás e desferiu um único tiro na altura do pescoço da vítima.
O assassino ainda teria atirado contra Eculides, que teve o antebraço direito fraturado devido ao projétil.
O delegado Ivanildo Inácio afirmou que ainda hoje será feito um retrato falado do assassino, que deixou o local do crime a pé e ainda não foi identificado pela polícia.