A juíza da comarca de Satuba, Ana Raquel Gama, expediu, no início desta tarde, o alvará de soltura de duas mulheres indiciadas no processo que investiga o assassinato do professor Paulo Bandeira, ocorrido em junho de 2003.
A juíza da comarca de Satuba, Ana Raquel Gama, expediu, no início desta tarde, o alvará de soltura de duas mulheres indiciadas no processo que investiga o assassinato do professor Paulo Bandeira, ocorrido em junho de 2003.
A doméstica Maria José dos Santos e a ex-diretora da Escola Municipal Josefa da Silva, Nanci Lopes Pimentel estavam presas no Presídio de Santa Luzia, desde o dia 15 de maio.
“O pedido de revogação da prisão foi feito pelos advogados delas e a sentença foi dada hoje pela juíza, baseada em bons antecedentes e na residência fixa das duas”, explicou o escrivão do fórum, Lúcio Magalhães, que ainda informou que, antes de ser concedido pela juíza, o pedido de revogação da prisão foi negado pelo Ministério Público.
Maria José é acusada de indicar a localização do professor Paulo Bandeira para os seus assassinos. O envolvimento dela foi descoberto após a quebra do sigilo telefônico da sua residência.
Já Nanci Pimentel é acusada de fornecer o horário de trabalho da vítima para o chefe de gabinete do prefeito Adalberon de Moraes, Marcelo José dos Santos, indiciado como um dos autores da morte de Paulo Bandeira.
Mesmo com a soltura das indiciadas, elas continuarão respondendo no processo que apura o assassinato do professor Paulo Bandeira.
O corpo do professor Paulo Bandeira foi encontrado carbonizado em seu veículo no dia 4 de junho de 2003, na zona rural de Satuba, após denunciar desvio de dinheiro do Fundo Nacional de Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (Fundef), da Prefeitura de Satuba.
Na época, Bandeira lecionava na Escola Municipal Josefa da Silva Costa e era um dos professores mais combativos da unidade educacional.
A morte de Paulo Bandeira provocou grande revolta na população de Satuba e Maceió, onde ele residia. O ex-prefeito de Satuba, Adalberon de Morais, acusado de ser o autor intelectual do assassinato encontra-se foragido da Justiça.