Responsável pelo crescimento do mercado de trabalho dos jornalistas, nos anos de 99 e 2000, a internet é hoje indispensável para empresas de grande e médio porte, com capacidade para gerar novos mercados de trabalho para os profissionais da comunicação.
Responsável pelo crescimento do mercado de trabalho dos jornalistas, nos anos de 99 e 2000, a internet é hoje indispensável para empresas de grande e médio porte, com capacidade para gerar novos mercados de trabalho para os profissionais da comunicação.
As informações do assessor econômico da Federação Nacional dos Jornalistas, Nelson Sato, são baseadas na força das empresas do terceiro setor e dos investimentos necessários para aquelas que querem exportar e vender mais. “O mercado aumentou não só para empresas jornalísticas, mas também para as outras, de uma maneira geral. A empresa Gessi Lever, por exemplo, chegou a ter 150 jornalistas trabalhando na área de comunicação”, afirmou, acrescentando também que, a terceirização do setor deixou apenas uma pequena equipe na empresa.
Para o jornalista, esse novo mercado não está sendo visionado pelas faculdades e universidades que elaboram os cursos de graduação dos jornalistas. “Os cursos ainda estão voltados para as grandes empresas de comunicação e não para áreas alternativas, que têm gerado mais empregos, ultimamente. Por isso há muita dificuldade para se contratar novos profissionais; eles ainda não estão preparados pelos cursos”, analisou.
Outro ponto ligado à profissão é o alto nível de rotatividade dos profissionais, que é de 35%, além da quantidade de recém-formados, que chega a 11.600 por ano, de acordo com dados do Ministério da Educação. “Pelo número de desempregados, que chegou a 30.748 em 31 de dezembro de 2004, daria para trocar todos os empregados de três em três anos”, finalizou.
Aberto ontem à noite, o XVII Congresso Estadual dos Jornalistas, que é realizado no Hotel Meliá, debate a carreira e o mercado de trabalho da profissão. No fim desta tarde, foram escolhidos cinco delegados, que irão participar do Congresso Nacional dos Jornalistas, marcado para os dia 5, 6, 7 e 8 de julho, em Ouro Preto, Minas Gerais.
"Hoje em dia a categoria ganha muito mal e está em uma situação precária. Precisamos de maior fiscalização para denunciar empresas que exploram o trabalhador, por isso vamos fazer uma campanha de valorização da profissão", adiantou o jornalista Antônio Pereira, que é vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas.
Ainda hoje, será realizada a festa junina dos jornalistas, após o encerramento do Congresso Estadual. Será no Clube do Magistrado, em Riacho Doce, com show do cantor Geraldo Cardoso, a partir das 21h.