Os clientes que já compraram passagens serão colocados em vôos de outras empresas
A partir de hoje, o único vôo operado pela Varig no Estado está suspenso temporariamente. O vôo, que tinha conexão em Salvador, de onde levava os passageiros a outros destinos, por outras conexões, era feito em um Boeing 737, às 5h30.
A medida faz parte da reestruturação da malha aérea da companhia, com a suspensão temporária de 61% de vôos das rotas internacionais e 30% das nacionais. As paralisações provisórias foram provocadas por negociações entre a Varig e as empresas de leasing.
O vôo operado pela Varig em Maceió tem capacidade para cerca de 150 passageiros, mas, segundo o gerente geral da Varig em Alagoas, Gilberto Sabino, já vinha registrando uma redução considerável devido ao agravamento da crise que atinge a empresa.
"Estávamos registrando um fluxo de 30 pessoas embarcando diariamente, em média", revela Sabino. Ainda de acordo com ele, todos os passageiros que já haviam comprado passagens serão recolocados em vôos de outras companhias. Para isso os funcionários continuarão trabalhando normalmente para atender esses clientes. "Todas as passagens serão endossadas e os passageiros seguirão para os destinos por outras empresas", confirma Sabino.
Em todo o País, a Varig cancelou 180 vôos que estavam programados para até as 18h, sendo 154 domésticos e 26 internacionais, segundo dados da Infraero (empresa que administra os aeroportos brasileiros). A empresa tinha 356 vôos previstos para ontem.
A expectativa é que no domingo o vôo partindo de Maceió, assim como os demais pelo País, comecem a ser retomados. Tudo vai depender da concretização da venda da companhia para o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig). Para que a venda seja concretizada, no entanto, o grupo tem que injetar US$ 75 milhões até amanhã na empresa aérea.
Ontem, a Varig obteve uma importante vitória na Justiça americana. O juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova York, decidiu ontem impedir que as companhias de leasing retomem 25 aviões arrendados à Varig até o dia 21 de julho. A proteção, no entanto, só vale se o consórcio formado pelo TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) e dois investidores estrangeiros não–revelados fizer a injeção de US$ 75 milhões na Varig até amanhã, como previsto no edital do leilão da companhia aérea.