A partir de hoje, o setor de panificação terá até 120 dias para se adequar às novas regras, que permitem a venda do pão de sal apenas por peso e não mais por unidade. Em Maceió, a venda de pão por unidade acontece na maioria das padarias de bairro.
O Diário Oficial da União publicou hoje uma portaria que estabelece novos critérios para a venda do pão francês. A partir de hoje, o setor de panificação terá até 120 dias para se adequar às novas regras, que permitem a venda do pão de sal apenas por peso e não mais por unidade.
Em Maceió, a venda de pão por unidade acontece na maioria das padarias de bairro. “Aqui na padaria temos balança, mas apenas um cliente compra pão por quilo porque ele fez uma promessa a santo Antônio e precisa doar um quilo de pão. Os outros preferem comprar por unidade, já que o preço é exato”, explica Marluce Amorim, proprietária da Padaria Palácio dos Pães, que fica no Centro.
De acordo com Marluce, há algum tempo houve a exigência de que as padarias vendessem pães por quilo, mas não houve fiscalização e os clientes optaram por comprar pagando a unidade. Na padaria de Marluce Amorim, o quilo do pão francês custa R$ 3,85 e quando o pão é comprado por unidade, seis pães equivale a um real.
A portaria publicada hoje exige que o preço a ser pago pelo quilo do pão francês seja informado em cartaz legível e de fácil visualização e as balanças deverão indicar o peso e o preço do produto.
Durante dois meses o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) fez consulta pública para saber qual é a preferência da população.
Dos 1.041 entrevistados, 740 (70,34%) disseram preferir comprar o pão por quilo, 295 (29,06%) consumidores afirmaram preferir a compra por unidade, e seis entrevistados (0,59%) disseram ser favoráveis às duas formas.
Segundo informações da Divisão de Mercadorias Pré-Medidas do Inmetro, a fiscalização das balanças é responsabilidade do instituto. Mas o consumidor também poderá ficar atento ao peso do saquinho de papel e alterações do gênero.
A equipe do Alagoas24horas tentou entrar em contato com a Associação dos Panificadores e do Patronal, mas ninguém foi encontrado para explicar como será a fiscalização em Maceió e a opinião da categoria.