Categorias: Esporte Mundo

Beckham salva inglaterra em jogo truncado

A salvação inglesa num jogo bem truncado e com poucos lances bem feitos veio numa bola parada: diante de uma barreira pessimamente formada, Beckham cobrou com belo chute de curva aos 14min do 2º tempo que entrou junto à trave. O goleiro Mora não chegou a tempo na bola.

Apesar de continuar sem jogar um futebol à altura da fama que alardeou antes da Copa, a Inglaterra se classificou para as quartas-de-final ao derrotar o Equador por 1 a 0, neste domingo em Stuttgart.

A salvação inglesa num jogo bem truncado e com poucos lances bem feitos veio numa bola parada: diante de uma barreira pessimamente formada, Beckham cobrou com belo chute de curva aos 14min do 2º tempo que entrou junto à trave. O goleiro Mora não chegou a tempo na bola.

Após a partida, Beckham disse que "atendeu" a um pedido de um colega de Real Madrid. "Roberto Carlos me mandou uma mensagem dizendo: ‘Faça um gol de falta para mim’", contou o inglês, que sofreu um mal-estar antes da partida e no 2º tempo, quando chegou a vomitar em campo.

Nas quartas-de-final, no sábado, dia 1º de julho, a Inglaterra enfrentará o vencedor de Portugal x Holanda. O jogo será ao meio-dia (horário de Brasília) em Gelsenkirchen.

Se jogarem com Portugal, os ingleses terão um pequeno tabu para derrubar: nas últimas duas grandes competições que disputaram (Copa de 2002 e Eurocopa de 2004), foram eliminados na mesma fase por equipes dirigidas pelo técnico Luiz Felipe Scolari (Brasil em 2002 e Portugal em 2004).

Contra o Equador, os ingleses chegaram a tomar susto. A única chance de gol realmente perigosa no 1º tempo foi um chute de Carlos Tenório que desviou em Ashley Cole e acertou o travessão inglês. Tenório dominara a bola na área completamente livre, depois de uma falha do zagueiro Terry, que cabeceou para trás ao tentar cortar o lançamento.

Apesar da falha gritante, Terry acabou eleito melhor jogador da partida pelos observadores da Fifa.

O próprio premiado deu a entender que Beckham mereceria a distinção por causa do gol decisivo. "O gol de falta foi uma amostra do talento de Beckham. E ele fez uma pártida fantástica. O trabalho que ele faz pela equipe é brilhante, mas não se fala tanto disso", elogiou terry.

Pela quarta vez nesta Copa, a suposta "geração de ouro" inglesa (propagandeada pelos britânicos como "a melhor desde a geração campeã em 1966") teve um futebol medíocre. Desta vez, até mesmo abrindo mão de seu tradicional jogo aéreo, uma vez que o gigante Crouch não foi escalado. Sobraram os outros recursos costumeiros: chutes de longe de Gerrard e Lampard, e jogadas de bola parada de Beckham.

Desde o início e por toda a partida, o time inglês não se entendeu, errou trocas de bola, fez lançamentos que deram em nada. Até os chutes de longe de Gerrard e Lampard saíram sem maior perigo real.

Isolado na frente (o técnico Sven-Goran Eriksson escalou cinco meio-campistas, dando a Carrick a vaga aberta pelo contundido atacante Owen), Wayne Rooney tentou batalhar para ir em direção ao gol. Mas não conseguiu muito sucesso, apesar de ter aplicado um drible no meio das pernas de Hurtado aos 28min do 2º tempo.

"Não estamos jogando tão bem quanto podemos. Mas jogaremos", prometeu o técnico Eriksson.

Já o Equador também esteve sem maior criatividade, porém desceu mais vistosamente. Curiosamente, se valeu mais do jogo aéreo que a Inglaterra, especialista nessa opção: no 1º tempo, foram sete bolas levantadas pelos equatorianos contra quatro dos ingleses.

O 2º tempo seguiu emperrado até os 14min, quando Beckham abriu o placar numa cobrança de falta da esquerda. O Equador sentiu o golpe, mas ainda teve chance de empatar num forte chute de Valencia que Robinson desviou para escanteio aos 20min.

Para garantir a vitória magra, Eriksson tirou o meia ofensivo Joe Cole pelo misto de zagueiro, lateral e volante Jamie Carragher aos 31min. Em compensação, tirou Beckham aos 42min para colocar Lennon, um promissor meio-campista mais impetuoso para ir ao ataque e prender a bola na frente.